Minha tese é que vivemos um momento de crise ambiental, cultural, econômica, energética, política e de VALORES que nos coloca em uma situação comparável ao esgotamento da PAX ROMANA. (No texto abaixo – Wikipédia – uma visão dos fatores da queda do Império Romano do Ocidente).
As ESTRUTURAS CONCEITUAIS DA MODERNIDADE (Capitalismo, Iluminismo, Industrialismo, Marxismo, Racionalismo, etc.) não atendem mais às necessidades de ideias e ações para tratar os novos desafios.
Se esta tese estiver correta precisamos trabalhar a favor de um NOVO REFERENCIAL CONCEITUAL que nos oriente sobre como abreviar a nossa ‘IDADE MÉDIA’ (fragmentação do poder econômico e político / erosão dos tratados comerciais e legais internacionais / sensação generalizada de insegurança).
Minha ‘melhor aposta’ para este NOVO REFERENCIAL CONCEITUAL esta expressa na seguinte compilação de propostas – já com vários exemplos de implantação bem sucedida de seus componentes:
sábado, 8 de junho de 2013
Procura-se a corporação 2020. Alguém a viu? Para o guru da sustentabilidade Pavan Sukhdev, as empresas de hoje seguem os modelos anacrônicos de 1920, de olho no lucro a qualquer custo. Mas a empresa do futuro já nasceu
Origem: Wikipédia, a
enciclopédia livre.
Em
geral, a expressão queda do Império Romano refere-se ao fim do Império
Romano do Ocidente, ocorrido
em 476 d.C., com a tomada de Roma pelos hérulos, uma vez que a parte oriental do Império, que posteriormente os
historiadores denominariam Império
Bizantino, continuou a existir por
quase mil anos, até 1453, quando ocorreu a Queda
de Constantinopla. A queda do
Império Romano do Ocidente foi causada por uma série de fatores, entre os quais
as invasões
bárbaras que causaram a derrubada
final do Estado.
Índice
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O declínio econômico
Durante
o seu auge nos séculos I
e II, o sistema econômico do Império Romano era o mais avançado que já havia existido e que
viria a existir até a Revolução
Industrial. Mas o seu gradual declínio,
durante os séculos III, IV e V, contribuiu enormemente para a queda do império.
A
massiva inflação promovida pelos imperadores durante a crise
do terceiro século destruiu a
moeda corrente, anulando a prática do cálculo econômico a longo prazo e
consequentemente a acumulação de capital, que somada ao controle estatal da maioria dos preços teve efeitos
desastrosos. Então, Roma começou a ter uma queda pelas demais expansões. A
falta de condições financeiras e a falta de escravos para uso de mão-de-obra em todo o império geraram tais quedas.
Essas
medidas tiveram consequências desastrosas pois, com quase todos preços
artificialmente baixos, a lucratividade de qualquer empreendimento comercial
foi anulada, resultando num colapso completo da produção e do comércio em larga
escala e da relativa e complexa divisão do trabalho que existia durante a Pax Romana.
A
população das cidades caiu por todo império devido ao colapso comercial e
industrial. Enquanto o número de cidadãos (homens adultos e livres) durante o Principado em Roma era de 320 mil, em Constantinopla no século V havia apenas oitenta mil
cidadãos (25% do número de cidadãos em Roma). Considerando que em Constantinopla existia um número menor de escravos, isso poderia
resultar em uma população total cinco vezes menor. Os trabalhadores
desempregados se fixaram no campo e tentaram produzir eles mesmos os bens que
queriam, desmonetizando a economia e acabando com a divisão do
trabalho, ocorrendo uma drástica
redução da produtividade da economia.
Esses
fenómenos resultaram na criação do primitivo sistema feudal baseado na auto-suficiência de pequenos territórios economicamente
independentes.
Com
seu sistema
económico destruído, a produção de armas
e a manutenção de uma força militar defensiva se tornaram infinanciáveis, o que
facilitou enormemente as invasões
dos bárbaros.
O declínio cultural
Outra
vertente que contribuiu para a sua queda foi a diversificação cultural que Roma
se tornou após o contato com as colônias e com a naturalização dos bárbaros, fato que possibilitou à população insatisfeita duvidar da influência
dos deuses nas decisões políticas, explicação que legitimava o poder do imperador.
O
exército descobriu sua importância no sistema romano e
passou a exigir status e melhores remunerações, exigências que o Império não tinha condições de corresponder. Razões tais
nos levam a concluir que a queda do império foi ocasionada por fatores internos
do próprio Império. É lógico que após a consumação do fato fica fácil analisar
o problema, pois estamos fazendo o estudo retrospectivo, e na época do Império,
apesar desses problemas terem sido alertados por alguns Senadores, não se podia
prever com situações hipotéticas o que poderia acontecer, até porque quando
esses problemas começaram a aparecer o Império estava em sua melhor fase.
O exército
Em
última análise, Roma conquistou o seu império graças às forças das suas
legiões. E os seus exércitos no baixo-império eram
muito diferentes do que tinham sido na época da República e do alto império. Eram tropas inferiores sob
todos os aspectos.
Para
recrutar soldados recorria-se a vários métodos em simultâneo: voluntários,
recrutamento por conscrição (e aí a influência dos grandes proprietários era
determinante, pois não queriam perder os seus melhores homens e falseavam o
sistema), hereditariedade, ou então rusga pura e simples até se preencher as necessidades.
De fato, ao contrário do que se disse por muito tempo, o exército romano
continuou a ser constituído por gente de dentro do império com excepção de
algumas unidades: a barbarização dos quadros no Ocidente só se deu em meados do
século V e mesmo assim a defesa local ficou sempre a cargo
dos romanos, mantendo-se algumas unidades romanas ofensivas.
Quanto
ao valor do soldado romano, poderia ter perdido algumas das suas qualidades,
mas a realidade é que a guerra se modificou: raramente se travavam grandes
batalhas entre exércitos regulares o que era muito caro para as frágeis
estruturas financeiras do império tardio, mas sim emboscadas e guerrilha que
exigia sobretudo flexibilidade e improvisação e menos automatismo nas
formações.
Cabe
ressaltar, que o exército romano era uma força permanente, e não recrutada de
acordo com as necessidades por algum tempo. Logo, para se manter um grande
exército é preciso muito dinheiro e o Ocidente não o tinha, por causa do
declínio econômico que se procedia desde o século III: apesar de ter espremido as províncias até levar à
revolta dos camponeses, sobretudo na península
Ibérica e Gália, os imperadores do Ocidente não conseguiram preservar o seu Estado. Poder-se-ia argumentar que o Cristianismo enfraquecera o patriotismo romano, mas essa é uma
falsa questão; soldados romanos nunca passaram para o lado do inimigo externo.
Entretanto, freqüentemente tendiam a querer nomear um novo imperador, entrando
em conflito contra outras legiões. Isso vinha acontecendo desde o fim da
república, assim que terminou a conscrição por períodos limitados.
No
princípio do século V, a maioria do exército romano era ainda
constituída por romanos. À medida que os bárbaros foram entrando pelo império, começou-se a fazer acordos em que eles
deveriam fixar-se num determinado território, recebendo terras e, em troca,
ficando a serviço do imperador para lutar contra seus inimigos, nas tropas
auxiliares. Portanto, essa situação de
bárbaros a serviço de Roma já era comum.
No
entanto, o recrutamento destes, costumava ser feito por indivíduos treinados,
que eram ensinados a falar latim e equipados por oficiais romanos, tornando-se
romanos indistinguíveis na geração seguinte. Na nova situação, eles vinham em
enormes grupos com seus próprios líderes. A consequencia disso foi que as
tribos foram, progressivamente, emancipando-se da tutela romana e formando seus
próprios reinos.
Com
relação às invasões, é importante notar que a região europeia do império passou
a ser ocupada por povos
nômades, de diferentes origens e em
alguns casos, que realizavam um processo de migração, ou seja, sem a utilização
de guerra contra os romanos. Vários desses povos foram considerados aliados de
Roma.
O cristianismo
Uma
das questões sociológicas muito debatidas ao longo da história é a questão de
saber se o Cristianismo contribuiu ou não para a queda do Império
Romano do Ocidente.
- Santo
Agostinho,
pensador e religioso cristão do século V, refutava esta conexão.
- Edward
Gibbon e David Hume, propagadores da ideologia anti-religiosa
do Iluminismo no século XVIII, foram da opinião contrária.
O
Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano em 380,
com o imperador Teodósio I. O Império Romano do Ocidente cairia cerca de
100 anos depois. Entre os séculos II e III, séculos em que o Cristianismo ganhou cada vez mais adeptos entre os
Romanos, o Império começou a sentir os sinais da crise: foi-se diminuindo o
número de escravos, ocorreram rebeliões nas províncias, a anarquia militar e as
invasões bárbaras.
Quando
se fala em "sinais da crise" que estariam pretensamente relacionados
ao cristianismo, na verdade se fala de um período extremamente conturbado, no
qual o Império chegou a estar muito perto da derrocada. Por volta de 285,
o imperador Diocleciano salvou o Império Romano do colapso, dando a ele
um último fôlego. Tudo isso já ocorria numa época em que os cristãos eram
somente uma minoria marginalizada.
O Templo de Augusto e da deusa Roma em Pula: Sobretudo nas províncias existia verdadeiro culto imperial à figura do imperador.
A
tentativa de responsabilizar o cristianismo pelos fortes problemas vividos em
Roma durante os séculos II e III fica bastante enfraquecida quando se percebe
que mesmo no início do século IV apenas cinco a sete por cento dos romanos tinham
se tornado cristãos; quase todos eles na parte Oriental do império, exatamente
o lado que permanecera mais forte e estruturado durante a crise.
Além
disso, mesmo na época da queda definitiva de Roma, o lado oriental continuava
sendo o mais cristianizado. E foi esse lado mais cristão que sobreviveu na
forma posteriormente conhecida como Império
Bizantino.
Se
a Igreja tivera reticências ao serviço militar nos
tempos da perseguição, a partir do momento que o império se tornou cristão
considerava um crime grave alguém furtar-se ao seu dever. A pena por deserção
no exército era ser queimado a fogo lento. A Igreja tornou-se fervorosamente
patriótica e romana a ponto de desgostar um neo-pagão como o imperador Juliano, o
Apóstata que achava que os cristãos só
deviam poder ensinar coisas relacionadas com o cristianismo e não cultura
clássica. De alguma maneira, aumentou a consistência do império.
Um
outro argumento que se apresenta normalmente, é que enquanto o Império pagão
fora tolerante, o cristianismo era intolerante perseguindo pagãos, cristãos
considerados heréticos e judeus. Roma, de fato, fora no início do Cristianismo relativamente tolerante
- se perseguira pontualmente grupos como os cristãos fora por motivos muito
específicos. A recusa dos cristãos em aceitar o culto da divindade do imperador
foi com toda probabilidade a base jurídica da perseguições que se seguiram.1 A devoção monoteísta dos cristãos e sua rejeição
aos rituais tradicionais deram os motivos adicionais.2
Depois
das dificuldades do século III, vários imperadores procuraram centralizar mais
o Estado, obter um maior controle dos cidadãos para que deste modo fosse mais
fácil mobilizar recursos humanos e financeiros para defender o fragilizado
império, e unificar o império em torno de uma ideologia. Com Constantino I tornou-se o cristianismo a religião a obter esse
monopólio.
O conceito de decadência
Os
historiadores têm revisto o conceito de decadência. Se analisarmos os séculos IV e V,
estes são muito ricos em termos artísticos e culturais, sobretudo se comparados
com os séculos II e III. Temos os padres da Igreja, os Neo-Platônicos, os primeiros passos da
arte bizantina a mostrar a vitalidade do império que continuou com Bizâncio. É que quando se fala de que o império se desmoronou, existe a
tendência a esquecer que o Império
Romano do Oriente, fortemente
cristianizado e urbano, ainda existiu mais mil anos, embora em declínio
territorial, enquanto que a metade ocidental pagã e menos urbanizada é que foi
conquistada pelos bárbaros.
De
certo modo, Roma ainda vive em nós. Nossa língua, assim como outras línguas
européias derivam do latim, mesmo idiomas não-latinos tem muitas palavras de
origem latina. As bases de nossa justiça, exército e família são de raízes
romanas.
O fim
Quando
o último imperador romano, Rômulo Augusto, foi deposto em 476
d.C., por um grupo de mercenários, poucos territórios (e tropas) restavam ao
seu serviço. Os comandantes e chefes que tentavam manter o Estado Romano nos
últimos anos também eram, na maioria dos casos, de origem bárbara. Só faltava
que um decidisse tomar a púrpura, coisa que não sucedeu.
O
imperador deposto, Rômulo Augusto, era filho de um general de origem bárbara, Orestes, que havia servido antes a Átila o Huno, e havia obtido o trono graças ao pai que havia
derrubado o último imperador legítimo, Júlio Nepos, que porém manteve sua autoridade sobre a Dalmácia.
Os
aliados de Orestes (hérulos e rúgios) depois se desentenderam com seu patrono e, sob as ordens de Odoacro, depuseram Rômulo Augústulo. Observa-se que a deposição do último
imperador não foi um acontecimento repentino e que trouxesse mudança social
drástica, mas sim foi o resultado de um longo processo que se desenrolava há
quase um século.
Convencionou-se
esta data como o fim da Antiguidade, mas é provável que poucos naqueles anos
considerassem aquele fato como o fim de uma era. Muito diferente, portanto, de
outros marcos da história como, por exemplo, a Tomada da
Bastilha durante a Revolução
Francesa.
Referências
- ↑ GAETA, Franco; VILLANI, Pasquale. Corso di Storia: per le
scuole medie superiori. 1 ed. Milão: Principato, 1986. 323 p. 1 vol. vol.
1.
- ↑ GEARY, Patrick. O mito das nações: A invenção do
nacionalismo. 1 ed. São Paulo: Conrad, 2005. 223 p. 1 vol. vol. 1. ISBN 85-7616-120-6
Ver também[editar]
- Antiguidade
- Edward Gibbon
- Idade Média
- A História do Declínio e Queda do Império Romano
- A queda do Império Romano: a explicação militar
- Legado romano
- Reis bárbaros de Roma
Bibliografia[editar]
- GIBBON, Edward. Declínio e queda do Império Romano. Edição abreviada. São Paulo: Companhia da Letras: Círculo do Livro, 1989.
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