Das ruas de Turim ao Vale do Silício, o poder das pessoas está tomando o mundo pela tempestade. Com as frustrações aumentando e a velha ordem aparentemente se desintegrando, quem realmente tem as respostas?
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Dezembro de 2016 A oposição populista da Itália está abalando o 'establishment'. Eles estão a dias de um referendo que pode significar o fim para o governo italiano e torná-lo o mais recente dominó na derrubada da ordem internacional.
Em todo o mundo, os líderes populistas estão se conectando com os eleitores que estão fartos da política e exploram a raiva por um 'establishment' sem contato com as pessoas comuns. Mas dar voz às frustrações das pessoas é uma coisa, oferecer a elas respostas reais é outra completamente diferente.
A mensagem 'anti-establishment' do Five Star está repercutindo nos eleitores. Agora é o maior partido de oposição da Itália. O país foi prejudicado pela recessão e pela estagnação dos salários. Com taxas de desigualdade entre as mais altas da Europa, muitas pessoas sentem-se deixadas para trás pela globalização e decepcionadas com os líderes políticos.
Agora os populistas sentem que pode haver uma oportunidade de derrubar esses líderes. Um referendo sobre a reforma constitucional tornou-se um voto de confiança na elite dominante. O primeiro ministro Matteo Renzi disse que renunciará se o país votar não. Ele é o mais recente político a encontrar-se na linha de fogo. Hoje à noite, milhares de apoiadores do Cinco Estrelas estão se reunindo em um comício em Turim. Alguns estão começando a perguntar o que eles podem fazer com sucesso.
Beppe Grillo prometeu se livrar dos partidos políticos, mas ele certamente sabe como começar um. O sucesso de Grillo veio através de acusações inflamadas contra as elites corruptas e as forças globais que ele culpa pelos problemas da Itália, mas os líderes do Cinco Estrelas podem, em breve, ter uma nota mais difícil de ouvir. Uma questão de como eles lidariam com o desemprego e a desigualdade.
Dois dias depois da manifestação, os italianos votaram de maneira esmagadora no referendo. O primeiro-ministro Renzi cumpriu sua promessa de renunciar. É outra vitória para o populismo, pois em todo o mundo os líderes carismáticos desafiam as expectativas. Eles estão encontrando sucesso vendendo respostas enganosamente simples para questões difíceis. Eles quase sempre culpam as falhas do livre comércio e da migração em massa pela crescente desigualdade, mas esse é o alvo certo?
Poucas cidades são imunes ao impacto desigual da globalização.
O mais recente empreendimento de uma startup de San Francisco tem o potencial de transformar uma das indústrias mais emblemáticas da América. No ano passado, a Uber pagou US $ 680 milhões pela Otto, uma empresa cuja tecnologia poderia mudar fundamentalmente o transporte para sempre. Ele permite que um caminhão desça uma rodovia sem ninguém ao volante. A empresa afirma que pode economizar bilhões de dólares por ano para o setor, reduzir as emissões em um terço e eliminar os erros dos motoristas que causam até 87% dos acidentes com caminhões. Mas este futuro brilhante tem um lado sombrio. Uma série de estudos descobriu que a tecnologia, e não a globalização, é o maior impulsionador da desigualdade nos países desenvolvidos. Havia três milhões e meio de pessoas empregadas em caminhões nos Estados Unidos e, aparentemente, com o setor deles como o próximo na área de automação, muitos enfrentam um futuro incerto.
À medida que cresce a desigualdade nas democracias ocidentais, a rica Califórnia tornou-se um dos estados economicamente mais desiguais da América, à medida que a tecnologia deslocou muitos empregos menos qualificados.
Um público alienado culpou o 'establishment' porque não forneceu respostas. Como alguns gigantes da tecnologia se tornam tão poderosos quanto esse 'establishment', é uma lição que eles estão começando a aprender. Então eles estão voltando para a escola.
Para muitas pessoas nas democracias ocidentais, o progresso ainda é algo que acontece com outras pessoas. A riqueza não se espalha. Uma subclasse aparece além da ajuda, encontrar uma maneira de se reconectar com eles e fornecer uma alternativa ao populismo estará no topo da agenda para os líderes políticos e empresariais de amanhã.
A AGENDA explora as questões definidoras do nosso tempo e procura as histórias, soluções e as personalidades que podem apenas ter as respostas. Descubra os destruidores de moldes experimentando novas maneiras de abordar algumas das questões mais fundamentais do mundo moderno; descubra o que acontece quando as idéias ousadas e a vida real colidem e conheça os líderes cujos pensamentos e ações estão ajudando a moldar a agenda.
Série Um da Agenda: O Poder Popular se aprofunda com a ascensão do populismo e o que está por trás disso.
O populismo está reformulando nosso mundo | The Economist (Aumento da Desigualdade e Insensibilidade dos Partidos Políticos com os Interesses dos "Deixados Para Trás" pela Globalização está abrindo caminho para Críticos da política tradicional) Obsolescência das Democracias Liberais ($1 = 1 voto)
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