No décimo capítulo do livro “O 8º Hábito”, intitulado “Combinando vozes – a busca da terceira alternativa”, Stephen Covey apresenta sua teoria do ganha-ganha, ou seja, a busca da Terceira Alternativa.
8º HABITO, O - DA EFICACIA A GRANDEZA. Formato: Livro. Autor: COVEY, STEPHEN R.
Esse 8º Hábito é o de encontrar a própria voz e inspirar outros a encontrar a deles.
Resenha do Livro 8º Hábito - Stephen Covey
Compartilho a resenha de um livro muito especial, fonte de referência e inspiração nos meus cursos de liderança:
[1] Os Sete Hábitos são:
· Hábito 1: Ser Proativo;
· Hábito 2: Começar com o Objetivo em Mente;
· Hábito 3: Primeiro o Mais Importante;
· Hábito 4: Mentalidade Ganha-Ganha;
· Hábito 5: Procure Primeiro Compreender, Depois ser Compreendido;
· Hábito 6: Criar Sinergia;
· Hábito 7: Afinar o Instrumento.
Um dos maiores desafios da vida com certeza é saber lidar com os conflitos – lidar com as diferenças humanas. Possuir a habilidade de lidar com essas diferenças de modo sinérgico, criando a Terceira Alternativa, é uma competência essencial para qualquer líder que deseja formar uma equipe complementar eficaz.
A capacidade e a habilidade para gerar a cooperação criativa que resulte na Terceira Alternativa se constroem sobre os alicerces da autoridade moral, no plano pessoal, e da confiança, nos relacionamentos. Mas afinal, o que é a Terceira Alternativa?
É o mais puro produto do esforço criativo que surge da sobreposição das vulnerabilidades de duas ou mais pessoas.
A Terceira Alternativa é aquela que não é a sua nem a minha:
é a nossa.
Não é uma conciliação a meio caminho entre a minha e a sua solução, é melhor do que um acordo, e melhor que qualquer uma das duas alternativas individuais.
A Terceira Alternativa começa com o pensamento ganha-ganha, que parte do princípio do respeito e benefício mútuo. Diferente do que muitas pessoas acreditam, Covey nos demonstra através de exemplos que não é necessário que as duas pessoas tenham o pensamento ganha-ganha, basta que uma pense deste modo. Isso ocorre, pois a cooperação criativa só aparece quando a sinergia já está estabelecida.
O primeiro passo é preparar o outro para isso, pela prática da empatia e escuta profunda, buscando primeiro o interesse dele, e manter-se nessa posição coerentemente até que a outra pessoa se sinta confiante.
É preciso um considerável sucesso no nível pessoal para chegar ao ponto em que a segurança está dentro de nós mais do que na opinião dos outros. Nosso sistema de valores, baseado em nossos princípios, nos torna invulneráveis e seguros, e assim podemos nos permitir a busca sem saber onde iremos parar – sabemos apenas que será melhor do que o lugar de onde nós e a outra pessoa saímos.
A comunicação é a mais importante habilidade da vida, seja ela através da leitura, escrita, fala ou escuta. Destas 4 formas de comunicação, a escuta é sem dúvida a menos treinada pelas pessoas, apesar de representar entre 40% e 50% de nosso tempo de comunicação.
A escuta é classificada em 5 níveis por Stephen Covey:
1. Ignorar
2. Fingir escutar (condescendência)
3. Escutar seletivamente
4. Escutar atentamente
5. Escutar com empatia
Escutar verdadeiramente é escutar com empatia, estar sinceramente aberto e ouvir a outra pessoa para poder entender o que o outro vê e por que vê o mundo desse jeito. Entender neste caso não significa concordar com os outros. Significa apenas ser capaz de ver com os olhos, o coração, a mente e o espírito da outra pessoa.
Devemos ter a consciência de que o que experimentamos antes de ser apresentados à nova informação matiza a maneira como olhamos para ela. Precisamos sempre lembrar que não vemos o mundo como ele é, nós o vemos como somos. As percepções são estabelecidas muito antes dos esforços para criar sinergia.
Outro ponto importante da comunicação é termos a consciência de que não há uma única maneira de interpretar algo. O desafio está em propiciar uma visão compartilhada que considere exata e honestamente todos os pontos de vista diferentes e que ainda assim permaneça fiel à visão original.
Covey salienta também a força da semântica nas quebras de comunicação, dizendo que 90% dos problemas de comunicação estão relacionados a definições diferentes que as pessoas dão às palavras.
Entre os índios americanos existiu uma prática eficaz para resolver problemas de comunicação em suas reuniões: a utilização de um bastão de madeira que era entregue a pessoa que iria falar, e que só era passado adiante quando a mesma se sentisse completamente compreendida por seus ouvintes. Este Bastão obrigava os ouvintes a prestarem atenção ao orador e compreende-lo para terem mais tarde a chance de falarem também.
Stephen Covey nos mostra como podemos utilizar esta técnica hoje em dia a fim de tornarmos a comunicação mais franca e eficaz. Independente de utilizarmos um bastão ou qualquer outro objeto físico para demonstrarmos que certa pessoa está com a palavra, as lições do Bastão Falante devem ser aplicadas na busca da Terceira Alternativaatravés da escuta com empatia.
No final do capítulo Covey nos mostra como a maioria das disputas poderiam ser evitadas e resolvidas por meio da Terceira Alternativa, ao invés da terrível e destrutiva tendência de recorrer a tribunais por qualquer motivo. Segundo o autor uma cultura litigiosa não é saudável para a sociedade, destrói a confiança, resulta em terríveis modelos e, na melhor das hipóteses, termina num acordo.
A Terceira Alternativa é a melhor forma de resolver as diferenças, pois seu resultado oriundo de um esforço criativo sinérgico é melhor do que a soma das alternativas apresentadas inicialmente por cada indivíduo.
Este artigo se trata de um pequeno resumo do capítulo 10 do livro “O 8º Hábito” de Stephen Covey. Saliento que a leitura do mesmo jamais substitui a leitura do original, que contém diversos exemplos e aprofunda conceitos fundamentais.
Na sua última obra – faleceu em 16 jul. 2012, aos 79 anos, vitima de complicações de um acidente de bicicleta - Covey expande a analise deste assunto considerando-o a grande contribuição de seus estudos:
Sobre a Comunicação Não Violenta: em A 3ª alternativa, o autor Stephen Covey se concentra em uma prática imprescindível e infalível para qualquer pessoa em qualquer contexto: a sinergia de interesses. Segundo ele, mesmo nos embates mais complexos sempre há uma solução criativa que pode encantar ambos os lados, de modo diferente do acordo, que implica em não satisfazer nenhum dos lados. E esta composição, de nível mais alto, é a 3ª alternativa.
Covey em 2010 (http://pt.wikipedia.org/wiki/ Stephen_Covey)
Stephen Richards Covey (Nascido em 24 de Outubro de 1932 em Salt Lake City, Utah- Falecido em 16 de Julho de 2012em Idaho Falls,Idaho) foi autor do best-seller administrativo (classificado por alguns como livro de auto-ajuda) Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes[1], publicado pela primeira vez em 1989, como também do livro (Primeiro o Mais Importante), dentre outros. Foi fundador da Covey Leadership Center em Salt Lake City, Utah, e da "Covey" de Franklin Covey Corporation, que ensina a como fazer planejamentos nas organizações.
Covey instruiu as pessoas a como adquirirem plena eficácia na vida, especialmente no contexto da vida profissional e daadministração. Porém, seus livros também enfatizaram a família, a liderança pessoal ou autoliderança, a primazia do carátersobre as técnicas, a necessidade de construirmos um alicerce de integridade para nossa vida e a importância da contribuição e do legado.
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