quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Clima->Economia->Política: o que podemos aprender com Idade Média?

Idade Média (adj. medieval) é um período da 
história da Europa entre os séculos V e XV. 
Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente 
termina durante a transição para a Idade Moderna.


PESQUISAS ABAIXO DERIVADAS DO VÍDEO:
History2-  The story of  Europe - light and darkness

As cidades medievais (ou burgos) eram sempre espaços fechados, 
rodeados por muralhas. As suas portas eram vigiadas por forças armadas e 
fechadas durante a noite. A partir do século XII, o crescimento das populações 
fez transbordar os velhos burgos que se expandiram para fora das muralhas.

Burgos - cidades muradas ("O ar da cidade liberta" = nelas os servos se tornavam artesãos e comerciantes, livrando-se do Dízimo Católico (Igreja) e dos Impostos dos Senhores Feudais))
Os burgos surgiram na Baixa Idade Média, na época da decadência feudal e crescimento comercial e urbano.[2] Os burgos desenvolveram-se pelo processo de troca de produtos entre um feudo e outro. Os produtores levavam seus produtos até o burgo (que ficava "dentro" de um feudo) e lá faziam uma espécie de feira trocando seus produtos por outros ou por dinheiro.
Os habitantes dos burgos dedicavam-se ao comércio e à produção artesanal, que era realizada pelo mestre em sua oficina.[3] Seus habitantes eram chamados de burgueses, crescendo em poder econômico de modo que no século XIX formaram a burguesia.[4]
LIGA HANSEÁTICA - Semente da Comunidade Européia, do Século XX
Liga Hanseática (em alemãodie Hanse, sendo que An Hanse significava aproximadamente associação) foi uma aliança de cidades mercantis - alemãs ou de influência alemã - que estabeleceu e manteve um monopólio comercial sobre quase todo norte da Europa e Báltico, em fins da Idade Média e começo da Idade Moderna (entre os séculos XII e XVII). Abrangeu cerca de 100 cidades, com Lubeque como centro. De início com caráter essencialmente econômico, desdobrou-se posteriormente numa aliança política.[1][2][3][4]
Do Norte da Europa era exportado peixe seco, trigo, madeira, ferro , cobre, sal, lã e peles. De volta eram trazidos tecidos, vinho, sal e especiarias. 
A rede comercial da Hansa abrangia o eixo Novgorod-Reval-Lübeck-Hamburgo-Bruges-Londres, e estava ligada às esferas comerciais de Veneza e de Génova, no Sul da Europa. 
Comércio criou riqueza e expansão da Fé Cristã como validação para afluência dos Mercadores (até aqui só validava o poder do Clero e da Nobreza)

Progressão anual da peste negra 
na Europa no século XIV
A cor verde indica zonas pouco atingidas

A Peste Negra

Tudo começa quase como um resfriado comum. Dentro de um dia aparecem a febre, as manchas pretas do tamanho de bolas de bilhar no pescoço, e então a tosse com sangue. Poucos viveram mais de dois dias após o início da infecção, e muito rapidamente o destino dos corpos tornou-se um problema.


O ano era 1347. E esse foi o pior desastre biológico na história da humanidade, abalando os alicerces da ordem social vigente. Quase metade da população europeia morreu, e diante desse cenário apocalíptico foram registrados exemplos de nobreza e também de selvageria. 

Talvez a peste negra sirva como um exemplo para nosso próprio tempo, levando-nos a questionar a estabilidade da nossa sociedade diante de uma possível catástrofe como essa. E também a nossa vulnerabilidade frente a alguns novos assassinos microbiológicos, espalhados através de mudanças ecológicas ou do terrorismo biológico.

Foi dito que a peste negra teve início nas regiões mais remotas do império mongol, e se espalhou ao longo de suas rotas de comércio para o porto de Caffa no Mar Negro, de onde teria migrado através de embarcações para a Itália e toda Europa; sendo causada por uma bactéria mortal, a Yersina pestis, carregada nos estômagos das pulgas que infestavam os ratos que eram abundantes nas cidades da Idade Média. À medida que a doença matou os ratos, as pulgas moveram-se para outros hospedeiros, os seres humanos. Uma vez que eram infectadas, tornavam-se elas mesmas agentes de transmissão, ao cuspir e tossir sangue contaminado. Em alguns casos a morte vinha em menos de 24 horas, ceifando a vida de famílias inteiras em poucos dias.

FONTE: History Chanel


Peste negra (ou Morte negra) é o nome pela qual ficou conhecida uma das mais devastadoras pandemias na história humana, resultando na morte de 75 a 200 milhões de pessoas na Eurásia.[1] Somente no continente europeu, estima-se que tenha vitimado pelo menos um terço da população em geral, sendo o auge da peste acontecendo entre os anos de 1346 e 1353.[2][3][4] 






Bodes expiatórios: Judeus ("condenaram Cristo") - credores de muitos mercadores,  nobres, plebeus e poderosos (que não sabiam como lidar com o flagelo da Peste Negra) - foram acusados de envenenar os poços de água - válvula de escape para poderosos evitarem a Ira do Povo e, como vantagem auxiliar, meio de se livrarem de dividas... 
Fonte do Anti-Semitismo, tão bem explorado pelos Nazistas para "reerguer a Alemanha" (1930-1945)


Pequena Era Glacial = Fome na Europa / Guerras Camponesas  (80% da população dependia da Agricultura)

Pequena Era Glacial
Foi no século XVII, devido à Pequena Era Glacial, que os viquingues abandonaram a Groenlândia, cuja vegetação passou de verdejante a tundra. A Finlândia perdeu então um terço da sua população e a Islândia metade. Na Inglaterra, o Tâmisa congelou (pela primeira vez em 1607, pela última em 1814). No inverno de 1780, a zona fluvial de Nova Iorque congelou e podia-se ir a pé da ilha de Manhattan à de Staten Island, tendo as conexões comerciais bloqueadas por via marítima. Os canais holandeses costumavam ficar completamente congelados. As geleiras nos Alpes cobriam aldeias inteiras, matando milhares de pessoas, e se formou uma grande quantidade de gelo no mar, a tal ponto que não existia mar aberto em torno da Islândia em 1695.



Guerra dos Camponeses (em alemãoDeutscher Bauernkrieg) foi uma revolta popular generalizada nos países da língua alemã na Europa Central, entre 1524-1525. Falhou por causa da intensa oposição da aristocracia, que abateu até 100 mil dos 300 mil camponeses e agricultores mal armados e mal conduzidos. Os sobreviventes foram multados e obtiveram poucos ou nenhum de seus objetivos.



Bodes expiatórios: bruxos e bruxas
caça às bruxas foi um movimento de perseguição religiosa e social iniciado no século XV, atingindo seu apogeu nos séculos XVI a XVIII, principalmente na AlemanhaEscandináviaInglaterraEscóciaSuíça e, em menor escala na PolôniaRússiaFinlândia, IslândiaIrlandaFrançaPenínsula IbéricaItália e, Império Habsburgo. O livro mais expressivo sobre é chamado de "Martelo das Feiticeiras" (do latim: Malleus Maleficarum) de 1487.
Atualmente, o termo “caça-às-bruxas” se refere a qualquer investigação geralmente conduzida com muita publicidade, supostamente com o objetivo de revelar atividade subversiva, como por exemplo a corrupção, mas que busca enfraquecer a oposição política.
(...)
A "Caça às Bruxas" na Europa começou no fim da Idade Média e foi uma questão de seitas e conotação de processo religioso - político e social da Idade Moderna. A situação assumiu tamanha dimensão, também devido às populações sofrerem frequentemente de maus anos agrícolas e de epidemias, resultando elevada taxa de mortalidade, e dominadas pela superstição e pelo medo. 
A maior parte das vítimas foram julgadas e executadas entre 1580 e 1660. A quantidade de julgamentos e a proporção entre homens e mulheres condenados poderá variar consideravelmente de um local para o outro. 
Por outro lado, 3/4 do continente europeu não presenciou nem um julgamento sequer. A maioria das vítimas foram julgadas e executadas por tribunais seculares, sendo os tribunais locais, foram de longe os mais intolerantes e cruéis. 
Por outro lado, as pessoas julgadas em tribunais religiosos recebiam um melhor tratamento, tinham mais chances de poderem ser inocentadas ou de receber punições mais brandas, o que se denominava na época de Comissões da Verdade, as inquisições, com base nos Cânones.
O número total de vítimas ficou provavelmente por volta dos 50 mil, e destes, cerca de 25% foram homens. Mulheres estiveram mais presentes que os homens, e também enquanto denunciantes, e não apenas como vítimas.
Estudos recentes apontam que muitas das vítimas da "Caça as Bruxas", bem como de muitos "casos de endemoniados", teriam sido vítimas de uma intoxicação. O agente causador era um fungo denominado Claviceps purpurea, um contaminante comum do centeio e outros cereais. Este fungo biossintetiza uma classe de metabólitos secundários conhecidos como alcalóides da cravagem e, dependendo de suas estruturas químicas, afectavam profundamente o sistema nervoso central. Os camponeses que comeram pão de centeio (o pão das classes mais pobres) contaminado com o fungo, eram envenenados e desenvolveram a doença, atualmente denominada de ergotismo.
Em alguns casos, também verificou-se alegações falsas de prática de "bruxaria" e de estar "possuído pelo demônio", com o fim de se apropriar ilicitamente de bens alheios ou como uma forma de vingança.[24]
OUTRO VÍDEO:
No início da Idade Média, a Europa floresce. Os pináculos das catedrais sobem ao céu, os comerciantes estabelecem trocas bancárias e comerciais, a arte e a literatura florescem. Então a peste, a fome e a guerra espalharam miséria e sofrimento por toda a Europa, abalando as próprias fundações do Ocidente cristão e dizimando um terço de sua população. Mas a Europa encontra identidade e inspiração comuns em seu sofrimento compartilhado. O Renascimento desencadeia uma redescoberta da arte e da ciência antigas, abrindo o caminho para a modernidade.