quinta-feira, 20 de junho de 2013

O COMPLEXO DARTH VADER - Ideias sobre outras formas de Organização Social (horizontais, em redes mais distribuídas que centralizadas, sem líderes fixos) que muitos de nós acreditamos estarem maduras para serem praticadas.

    Nós que pesquisamos, já há alguns anos, a potencialização das Redes Sociais (que sempre existiram onde dois ou mais seres se reuniram para trocar afetos, alimentos e conhecimentos) pelas modernas Mídias Digitais (Blogs, Facebook, Ning,  Twitter, etc.) olhamos com admiração e esperança para os eventos que evidenciam a força destas Redes Sociais.

    Nestes tempos em que a Sociedade Brasileira ensaia, com acertos e erros, algumas iniciativas de Organização Horizontal (em redes mais distribuídas que centralizadas, sem líderes fixos) vale a pena analisar as ideias expostas abaixo.

    Estas ideias são sobre outras formas de Organização Social que muitos de nós acreditamos estarem maduras para serem praticadas.



O COMPLEXO DARTH VADER
EXCERTOS
(1992-1998)

Augusto de Franco (E=R - Escola de Redes)
(...) “Com alguma correção pontual, aqui e ali - mas sem aduzir nada de novo – transcrevi o Complexo Darth Vader. Na verdade, fiz um apanhado de algumas partes da argumentação central dos oito capítulos do livro, constituída por sentenças ou grupos de sentenças numeradas de 1 a 131. Omito a introdução e os extensos Créditos e Notas e Comentários, mantendo, todavia, o Epílogo.

São Paulo, inverno de 2010.”

Prólogo
1 - A vida da nossa civilização continua sendo basicamente a mesma, há pelo menos seis milênios. Tal afirmativa não é óbvia. O mundo já passou por inúmeras transformações sociais nesse período. Já tivemos sociedades teocráticas, como o Antigo Egito. Depois tivemos várias sociedades escravistas, como Grécia e Roma. Depois, ainda, a Europa feudal e as sociedades modernas... Do Oriente ao Ocidente, a variedade é imensa. Todavia, essas sociedades são bastante semelhantes de certo ponto de vista: todas elas são sociedades de dominação.

2 - Etruscos e caldeus, vedas e hititas, incas e astecas, gregos e romanos, são muito parecidos deste ponto de vista: o ponto de vista do padrão civilizatório. Todos esses povos viviam em sociedades de dominação, baseadas num mesmo paradigma, o paradigma da tradicionalidade. Todas essas sociedades estavam baseadas num mesmo "modelo", que apareceu pela primeira vez na proto-história da antiga Suméria, entre meados do quinto e o início do quarto milênios. Antes disso tivemos com certeza pelo menos outra grande mudança de padrão civilizatório conhecida. Foi há onze mil anos, com o advento da aldeia agrícola neolítica, no início do nono milênio; ou, talvez, por volta de 7.500 a. E. C., coincidindo com a invenção da cerâmica.

3 - Depois que o protótipo sumeriano se instalou, depois que aldeia neolítica deu lugar ao complexo Templo-Palácio - quer dizer, à cidade sumeriana, sagrada e murada - não tivemos mais nenhuma mutação civilizacional. De lá para cá vivemos sob a égide do Templo-Palácio - da Coroa, do Cetro, do Bastão e da Espada - sob diversas aparências, mas escondendo um mesmo conteúdo básico. E ainda estamos imersos em uma sociedade de predadores eco-sociais, onde predominam as realidades do Estado-nação, da guerra como modo de resolver conflitos e, por conseguinte, da ordem militar e das armas, do patriarcado, da família monogâmica e de formas não-sociais de propriedade.

4 - Nossa política ainda é "uma guerra sem derramamento de sangue", como definia cruamente o líder comunista Mao Tsé-Tung. E nossos esportes ainda são praticados como "uma guerra sem mortes", como percebeu o escritor George Orwell décadas atrás.

5 - Nosso mundo ainda é um "espaço" hierarquizado e verticalizado, dividido entre superiores e inferiores: sábios e ignorantes, ricos e pobres, fortes e fracos. E onde tudo é  separado: os sadios dos doentes, os jovens dos idosos, os adultos das crianças, os homens das mulheres – mantendo-se a prevalência e o domínio de uns sobre os outros, quer dizer, dos primeiros sobre os segundos.

6 - Nosso padrão de desenvolvimento continua sendo insustentável e os seres humanos prosseguem imaginando que podem dominar a natureza, esgotar recursos não-renováveis e encher o planeta de lixo.

7 - Nossa moralidade ainda está baseada nas ideias de um bem separado do mal e de uma ordem separada do caos. E persistimos demonizando o caos em todos os campos da atividade humana, desde a ordem social, passando pela expressão da sexualidade, até a organização do conhecimento.

8 - Estabelecemos cânones de uma ciência promovida à pansofia – nova "religião laica", onde graus, sacerdotais, são conferidos por castas que se condecoram mutuamente com títulos de Masters e Doctors. Tudo que foge desses cânones, porque não consegue tirar o "passaporte epistemológico" exigido e aceito, é liminarmente reprovado como conhecimento não-válido, inverdade ou heresia.

9 - Nossos tribunais superiores de justiça ainda são chamados de cortes, mesmo naquelas sociedades que já se desvencilharam da monarquia como sistema de governo há mais de um século, e seus membros são nomeados pelo poder político com base em critérios, mais uma vez sacerdotais, de notório saber.

10 - Fundamentalmente, porém, ainda vivemos - em plena sociedade moderna e a menos de quatro anos do terceiro milênio - sob o poder do mito, possuídos coletivamente por complexos que nos impelem a infligir sofrimentos a seres humanos e a outros seres sencientes. Neste livro reúnem-se algumas reflexões sobre um desses complexos, chamado Complexo Darth Vader.

11 - Os sistemas (anti)sociais de dominação, caracterizados pela prevalência de atitudes autocráticas diante da política e hierárquicas diante do poder, surgiram e se desenvolveram em consonância com atitudes sacerdotais diante do saber e com atitudes míticas diante da história. A autocracia imposta pelos monarcas-militares e a hierarquia introduzida pelos guerreiros-conquistadores são implicadas por uma visão mítico-sacerdotal do mundo, que não surge "naturalmente", como consequência de qualquer coisa que se pudesse identificar como evolução humana.

12 - De certo ponto de vista (se pudéssemos aplicar aqui o conceito de evolução), a aldeia neolítica era mais "evoluída" - em termos de desenvolvimento humano e social sustentável - do que a cidadela guerreira dos conquistadores patrilineares surgida bem depois. Tudo se passa como se algumas sociedades pré-históricas tivessem sido possuídas por uma espécie de complexo, uma constelação de conteúdos inconscientes reunidos durante uma "noite dos tempos" que, em determinado momento, irrompeu à luz do dia. O inconsciente de onde brotaram tais conteúdos que vieram à tona não existiu sempre (como se fosse uma característica inerente ao homo sapiens). Esse inconsciente foi formado socialmente.

13 - É como se a humanidade estivesse sujeita a um tipo diferente de complexo, ainda não devidamente identificado e estudado: uma construção espiritual autônoma, capaz de "superviver" na história, com poder realizador na invenção de tradições e papel pré-cursor na fabricação de caminhos. Não se trata propriamente de um complexo em termos psicológicos, mas ideológicos. Poderíamos chamá-lo de Complexo Darth Vader, evocando aquele personagem da série de ficção "Guerra nas Estrelas" de George Lucas. Joseph  Campbell chegou a reconhecer em Darth Vader o padrão do poder - "um poder abstrato, que representa um princípio": o poder vertical. Campbell dizia que Darth Vader representa "uma força monstruosa, a força do Império, que se baseia na intenção de conquistar e comandar". Para ele, "Darth Vader não desenvolveu [a] própria humanidade. É um robô. É um burocrata, vive não nos seus próprios termos mas nos termos de um sistema imposto".

14 - A espada do guerreiro ("ariano" - conquanto isso seja uma construção ideológica), que tira a vida num gesto ritual e o muro (sumeriano) da separação entre sagrado e profano (que coloca sempre um "nós" contra os "outros") são os elementos constituintes do culto da morte e da ordem que gerou esse complexo ideológico que "supervive" até hoje na humanidade: o Complexo Darth Vader.

15 - Norbert Wiener dizia que “um padrão é uma mensagem que pode ser transmitido como tal e que se perpetua a si próprio”. Ele se referia aos seres humanos, mas o dito vale também para o caso das sociedades ou das civilizações. Então o padrão militar de Darth Vader tende a se perpetuar, por transmissão, para outras regiões do tempo. É por isso que  todos os exércitos se parecem: da antiga Esparta, passando pelos romanos, até os ingleses do século 19. E o general norte-americano, de um país capitalista, reconhece, como general, o general chinês, daquele que seria o exército do povo. Isto é o que chamamos de tradição.

16 - O padrão militar, gerado por atitudes hierárquicas diante do poder, vem sempre acompanhado de outros padrões, gerados por atitudes correspondentes que compõem o mesmo sistema paradigmático, como as atitudes míticas diante da história, sacerdotais diante do saber e autocráticas ou monárquico-militares diante da política. As coisas vêm sempre juntas. Não podemos esquecer que na saga mítica de George Lucas, Darth Vader está hierarquicamente subordinado ao mago-imperador, que controla todo o sistema manipulando forças sobre-naturais anti-humanas do chamado "lado negro da Força". A expressão "Complexo Darth Vader" designa esse sistema de atitudes-matrizes e de padrões que compõem o
paradigma da tradicionalidade, e não apenas o padrão específico do guerreiro-militar.

17 - Os complexos ideológicos são um produto de "magia histórica", pela qual tenta-se modificar o futuro. Os sistemas ideológicos que inventam tradições objetivam a recriação de um passado que não existiu (não, pelo menos, na forma recriada por eles) para privilegiar certa linha de desenvolvimento histórico capaz de conduzir (ou induzir) uma determinada coletividade para um futuro pré-concebido. Os últimos seis mil anos da história humana fornecem exemplos suficientes da capacidade de predeterminação desse complexo ideológico que instaurou na terra dos homens o poder vertical, simbolizado pela assustadora figura daquele hierarca de "Guerra nas Estrelas" chamado Darth Vader.

(...)

20 - Levantou-se recentemente a hipótese de que em algum momento do final do quinto milênio (ou no início do quarto) entramos em um dos ramos de uma bifurcação que nos conduziu a este tipo de civilização em que vivemos. Se tivéssemos tomado o outro caminho, tudo poderia ter sido diferente. Ora, se conseguirmos descobrir alguma coisa das origens da visão de mundo que acompanhou e possibilitou a criação deste tipo de civilização em que vivemos - patriarcal, guerreira e dominadora: a civilização dos predadores eco-sociais - quem sabe poderemos imaginar como tudo poderia ter sido diferente. Se tivéssemos tomado o outro ramo da bifurcação, quem sabe fôssemos hoje algo assim como simbiontes em vez de predadores.

21 - Talvez não seja possível detectar os rastros de um simbionte primitivo, se é que ele existiu; ou seja, apresentar evidências da presença pré-histórica de seres humanos que viviam em regime de parceria, entre si e com a natureza. Todavia, parece não ser impossível imaginar como seria uma civilização de simbiontes desenvolvidos. Este é o motivo pelo qual vale a pena o esforço de investigar as características "genéticas" (meméticas) do padrão do predador, simbolizado pela figura de Darth Vader. Porque se tudo poderia ter sido diferente, então tudo poderá ser diferente.

(...)

55 - Na mitologia sumeriana o homem foi criado pelos senhores - os Dingir - para suportar o jugo, sofrer a fadiga. Já foi criado como trabalhador, escravo dos deuses. E foi a escravidão do homem que propiciou a liberdade  dos deuses. Num antigo texto - chamado "A Epopéia da Criação" – Marduk (um Dingir sumério) fala mais ou menos assim: "Eu produzirei um primitivo inferior. 'Homem' será seu nome. Eu criarei um trabalhador primitivo. Ele será encarregado do serviço dos deuses, para que estes possam ter seu descanso". A "lógica" da coisa é muito clara. O homem é um ser inferior, servo dos deuses que são seres superiores. Logo, o homem também deve ser servo daqueles que foram instituídos na terra como representantes ou intermediários dos deuses: os sacerdotes-reis. E assim como os seres humanos, nas primeiras civilizações, não adoravam propriamente a seus deuses, antes os temiam e trabalhavam para eles (o termo bíblico avod, traduzido por "adoração", também significa "trabalho"), assim deveriam trabalhar para seus superiores humanos que representavam os superiores divinos (sobrehumanos). Sem dúvida, uma mitologia muito conveniente para os poderosos.

56 - Na antiga Suméria os superiores humanos tinham a missão de ensinar aos inferiores humanos o "caminho certo", os "costumes certos" e a "adoração adequada", por meio de um sistema imposto de regras práticas de comportamento e normas de moralidade. Mas a moralidade humana, que regulava a vida dos inferiores, não era a mesma moralidade dos
superiores. A ortodoxia moral que valia para os homens não valia para os deuses. Para constatar isso basta ler o relato sobre mentiras, tramas, traições, incestos, estupros, manipulações e outras violações e abusos que compõem as crônicas das cortes divinas.

57 - A moralidade introduzida na cidade sumeriana era, na verdade (com perdão do trocadilho) uma "muralidade". Existiam muros, muitos muros, separando tudo, para manter a pureza dos lugares que não deveriam ser profanados. o recinto sagrado era, inicialmente (como revela a etimologia da palavra 'sagrado' em língua suméria), o espaço separado, cujo acesso era permitido apenas aos superiores ou àqueles a quem estes designavam. O "código de pureza" aqui inaugurado vai se perpetuar no tempo. Um bom exemplo dessa tradição é o livro bíblico chamado Levítico, escrito mais ou menos três milênios depois do surgimento das primeiras cidades-Templo sumérias, contendo proibições e mais proibições para estabelecer o que se pode e o que não se pode fazer, introduzindo "muros" em todos os aspectos e detalhes da vida.

58 - Se existiu mesmo essa "noite dos tempos" em que o poder vertical foi fundado na terra, ela deve ter ocorrido entre o quinto e o terceiro milênios. O período mais provável é o quarto milênio, em que, aliás, já se tem notícia de um sistema de dominação organizado na planície de Gorgan, no nordeste do Irã. Porém antes disso um protótipo do que chamamos de civilização havia sido ensaiado em Kish e em outras teocracias rigidamente centralizadas da antiga Suméria.

59 - Começando pelas cidades-Templos sumerianas, a expansão desse tipo de sistema de dominação se deu no terceiro e no segundo milênios, com os impérios egípcio, sobretudo na chamada "era das pirâmides" (entre 2.700 e 2.200) e babilônico, por volta de 2.000 (a. E. C.). Temos também o império hitita na Anatólia (entre 1.600 e 1.200), o Estado Assírio (por volta de 1.800) e, bem antes, o de Sargão (entre 2.400 e 2.220 aproximadamente). Todos eles fazem parte desse tempo inaugural de guerras, dessa chamada "idade dos heróis"  que Jacques Dupuis disse, com razão, que nada mais era do que uma idade de predadores e de senhores.

60 - Em meados do segundo milênio a dominação já estava consolidada, com a destruição da civilização do Vale do Indo, por volta de 1.550 e o fim de Creta um século depois. A Suméria, o Egito e a Babilônia podem ser tomados como momentos simbólicos referenciais dessa formidável transformação que introduziu o poder vertical na vida espiritual e social
daquelas sociedades.

(...)

89 - Todos nós somos seres cindidos interiormente. Há uma cisão interior que é necessária aos sistemas de dominação. O predador é o ser humano cindido interiormente. É um produto da quebra da unidade sinérgica do simbionte. Preda porque quer recuperar, devorando, suas contrapartes, num ritual antropofágico em busca da unidade perdida. É por isso que nos apegamos tanto à guerra do bem contra o mal. Mas o problema, como disse Schmookler, é que o recurso da guerra é em si o mal.

90 - Segundo a psicologia analítica a psique cindida precisa de guerras e competições porque possui uma sombra. O problema é como surgiu esse arquétipo da sombra. Ela não nasceu conosco? Por que teria nascido? Precisamos de fato dessa "sombra"? O problema é se alguém precisa dela!

91 - Se a sombra não for uma característica da espécie humana, então ela "entrou" em nós em algum momento. Quer dizer, alguma constelação particular só teria conseguido se reproduzir se nós nos transformássemos em seus agentes reprodutores. Para tanto, fez-se necessário que tal arquétipo fosse "implantado" abaixo do nível da consciência, para que pudesse emergir como uma complexo capaz de possuir indivíduos e sociedades. Agora compreendemos uma coisa: a pulsão básica que leva o ser humano a matar é a mesma que leva à ereção dos sistemas de dominação. Sim. O hierarca Darth Vader é um assassino! Mas o ser humano não é hostil por natureza. O homem hostil é próprio de um determinado tipo de civilização: a civilização dos predadores eco-sociais. Uma sociedade de parceria não necessitaria dessa dinâmica para se reproduzir.

92 - Criamos a civilização dos predadores eco-sociais tendo atitudes sacerdotais e hierárquicas diante do saber e do poder. E tendo atitudes autocráticas diante da política. Se essas atitudes não se desenvolvessem não existiria o homem hostil. Mas é necessário descobrir o quê, precisamente, nessas atitudes, modificou o mundo do simbionte enquanto outra possibilidade civilizacional.

93 - Na nossa civilização substituímos a natureza pela tecnologia e a vida pelo conhecimento da vida. Essa foi uma típica operação mágico-sacerdotal. Por outro lado, desenvolvemos aquela característica hierárquico-autocrática de trocar a relação sinérgica com as coisas, os seres e as pessoas, pelo domínio sobre elas. Ao constituir um paradigma de tradicionalidade introduzimos um padrão de ordem separada do caos. Essa ordem era, em certo sentido, alienígena, porque foi introduzida em dissonância com aquilo que poderíamos chamar de "ritmos de Gaia". Quer dizer, era uma ordem estranha à ecologia planetária. Era uma ordem baseada em tecnologia. Não é a toa que os deuses sumérios são tecnólogos!

(...)

101 - Seis mil anos depois da introdução da ordem tecnológica, os resultados desse modo-de-interagir com o mundo não se  apresentam muito animadores. O saber do eco-nomos não nos livrou da fome, das doenças, das catástrofes ou da morte. Devastamos grande parte de nossos recursos, desequilibramos os ritmos de Gaia e estamos, realmente, ameaçados de extinção como espécie.

102 - Enquanto estiver em vigência o paradigma da tradicionalidade, enquanto permanecermos possuídos pelo Complexo Darth Vader, prosseguiremos avançando como predadores, imaginando ainda (sob o influxo de um imaginário mítico) que todos os nossos carecimentos serão providos pelo desenvolvimento tecnológico. E acreditando que esse desenvolvimento poderá, magicamente, fornecer os meios para o crescimento ilimitado num mundo finito.

(...)

117 - Darth Vader não tem alma. Ou seja, não formou a sua alma humana, o seu veículo para atravessar a morte. A sua nave  (tecnológica) é o seu veículo-substituto. É um prisioneiro do seu império porque para manter esse império é obrigado a impor,   continuamente, sofrimentos aos seres humanos. Mas Darth Vader faz tudo isso porque quer controlar o futuro. Significa que ele quer ser um deus, imortal. É para escapar da morte que ele constrói seu simulacro, seu veículo substituto para a alma humana. Mas se a alma humana é "feita" com a energia da compaixão, obtida nos atos gratuitos de promover a vida e a liberdade, compartilhar o alimento, aliviar os sofrimentos dos semelhantes, a sua nave-simulacro tem que ser feita com a energia da violência, obtida nos atos instrumentais de tirar a vida, aprisionar os caminhos, se apoderar dos recursos vitais e infligir sofrimentos aos seres humanos julgados como diferentes.

(...)

122 - Não é a toa que as vertentes de pensamento ligadas à tradição não se dão muito bem com a história. Elas de fato não gostam muito das transformações que podem acontecer na história, sem que ninguém planeje, sem que exista um plano, uma inteligência superior organizando tudo, quer dizer, fazendo valer a sua ordem.

Nota final (1998)
Não pensei em escrever um livro de futurologia e sim um ensaio que reunisse fragmentos de um novo modo-de-ver as origens da cultura civilizada. Todavia, acabei imaginando possibilidades alternativas ao "modelo" sumeriano. Fui levado a isso ao constatar que, a partir desse "modelo" - como salientou o matemático Ralph Abraham (1992) - "a espécie humana vem avançando cada vez mais para dentro do mal, do demoníaco e das formas de sociedade evolutivamente mal-sucedidas".

Porque talvez a melhor maneira de criticar as coisas de que não gostamos é imaginando como desejaríamos que elas fossem. Imaginar e desejar um futuro alternativo é condição para realizá-lo. O que, certamente, é a melhor forma de mudar as coisas de que não gostamos.

Para tanto, não é necessário falar de realidades e, muitas vezes, nem de tendências verificadas hoje em dia. Ao colocar a ideia de que as coisas não precisam continuar sendo como foram estamos exercendo uma poderosa crítica ao nosso tempo.

Imaginar um desejável futuro alternativo para o mundo significa, de algum modo, desestabilizar a situação do mundo atual. Pois quando as pessoas começam a vislumbrar a possibilidade do novo, o velho pode começar a se preocupar. Levantar novas  possibilidades é contribuir para que as coisas não continuem sendo como são. É, em certo sentido, criar futuro.

Se o futuro imaginado e desejado for realizado antecipatoriamente, isto é, se algumas pessoas - e depois outras e cada vez mais gente - começarem a se comportar como se esse futuro já tivesse chegado, então ele deixa de ser futuro e passa a ser presente. Nesse caso, a mudança do velho para o novo terá se consumado.

O COMPLEXO DARTH VADER
Grupo para discutir os excertos do livro "O Complexo Darth Vader" (1992-1998).

DISCUTINDO PARÁGRAFO POR PARÁGRAFO
O texto original (excertos) foi publicado no blogpost O COMPLEXO DARTH VADER.

Há uma edição no slideshare incrustada abaixo.


               Ver também:

              A morte do rei - Estudos avançados sobre Revolução Cognitiva
          Sobre como as Organizações Atuais não estão mais funcionando e, portanto, não sobreviverão.
             Uma analogia com o processo de  Fim das Monarquias e invenção das Democracias Modernas.
               http://www.youtube.com/watch?v=l4utWnWIb60



E, para os que já descobriram que “loucura é continuar a fazer o que sempre fizemos - e que não está funcionando – e esperar resultados diferentes”:

 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A Era que está Nascendo: da Internetocracia (4a. parte) - Reflexões do autor e de colaboradores, Facebook

"Internetocracia”, algo como Democracia intensificada pela WEB...-

http://poltica20-yeswikican.blogspot.com.br/2013/01/a-era-que-esta-nascendo-da.html

 

3 maio 2012 ... A Era que está Nascendo: da Internetocracia (1a. parte).

16 de maio de 2012... Um Internetocracia não pode existir em qualquer nação industrializada hoje porque suas constituições não vão apoiá-la. Isso porque a ...

Política 2.0 - Yes, WIKI CAN:A Era que está Nascendo: da Internetocracia (3a. parte) - Os argumentos contra e suas refutações
16 de outubro de 2012 A Era que está Nascendo: da Internetocracia (3a. parte).





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Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero 
http://mitologiasdegaia.blogspot.com/ (Blog: Mitologias de Gaia)
http://criatividadeinovao.blogspot.com/ (Blog: Criatividade e Inovação)
http://redessociaisgovernanaliderana.blogspot.com/ (Blog:Governança e Liderança em Redes Sociais)
http://reflexeseconmicas.blogspot.com/ (Blog: Reflexões Econômicas)
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http://mobilidadeurbana-prosperoclaudio.blogspot.com/  (Blog: Mobilidade Urbana)
**  http://automacao-inteligencia-organizacional.blogspot.com.br/ (Blog: Automação e Inteligência Organizacional)
http://www.portalsbgc.org.br/sbgc/portal/ (Comunidade Gestão Conhecimento)

sábado, 15 de junho de 2013

Esgotamento do ‘IMPÉRIO CITY / WALL STREET’ pode ser comparado ao esgotamento do IMPÉRIO ROMANO?

      Minha tese é que vivemos um momento de crise ambiental, cultural, econômica, energética, política e de VALORES que nos coloca em uma situação comparável ao esgotamento da PAX ROMANA. (No texto abaixo – Wikipédia – uma visão dos fatores da queda do Império Romano do Ocidente).
      As ESTRUTURAS CONCEITUAIS DA MODERNIDADE (Capitalismo, Iluminismo, Industrialismo, Marxismo, Racionalismo, etc.) não atendem mais às necessidades de ideias e ações para tratar os novos desafios.
     Se esta tese estiver correta precisamos trabalhar a favor de um NOVO REFERENCIAL CONCEITUAL que nos oriente sobre como abreviar a nossa ‘IDADE MÉDIA’ (fragmentação do poder econômico e político / erosão dos tratados comerciais e legais internacionais / sensação generalizada de insegurança).
      Minha ‘melhor aposta’ para este NOVO REFERENCIAL CONCEITUAL esta expressa na seguinte compilação de propostas – já com vários exemplos de implantação bem sucedida de seus componentes:

sábado, 8 de junho de 2013

Procura-se a corporação 2020. Alguém a viu? Para o guru da sustentabilidade Pavan Sukhdev, as empresas de hoje seguem os modelos anacrônicos de 1920, de olho no lucro a qualquer custo. Mas a empresa do futuro já nasceu




Queda do Império Romano do Ocidente

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Em geral, a expressão queda do Império Romano refere-se ao fim do Império Romano do Ocidente, ocorrido em 476 d.C., com a tomada de Roma pelos hérulos, uma vez que a parte oriental do Império, que posteriormente os historiadores denominariam Império Bizantino, continuou a existir por quase mil anos, até 1453, quando ocorreu a Queda de Constantinopla. A queda do Império Romano do Ocidente foi causada por uma série de fatores, entre os quais as invasões bárbaras que causaram a derrubada final do Estado.

Índice
O declínio econômico
Durante o seu auge nos séculos I e II, o sistema econômico do Império Romano era o mais avançado que já havia existido e que viria a existir até a Revolução Industrial. Mas o seu gradual declínio, durante os séculos III, IV e V, contribuiu enormemente para a queda do império.

A massiva inflação promovida pelos imperadores durante a crise do terceiro século destruiu a moeda corrente, anulando a prática do cálculo econômico a longo prazo e consequentemente a acumulação de capital, que somada ao controle estatal da maioria dos preços teve efeitos desastrosos. Então, Roma começou a ter uma queda pelas demais expansões. A falta de condições financeiras e a falta de escravos para uso de mão-de-obra em todo o império geraram tais quedas.

Essas medidas tiveram consequências desastrosas pois, com quase todos preços artificialmente baixos, a lucratividade de qualquer empreendimento comercial foi anulada, resultando num colapso completo da produção e do comércio em larga escala e da relativa e complexa divisão do trabalho que existia durante a Pax Romana.


                   O Império Romano em sua máxima extensão (governo de Trajano 98-117 d.C.)


A população das cidades caiu por todo império devido ao colapso comercial e industrial. Enquanto o número de cidadãos (homens adultos e livres) durante o Principado em Roma era de 320 mil, em Constantinopla no século V havia apenas oitenta mil cidadãos (25% do número de cidadãos em Roma). Considerando que em Constantinopla existia um número menor de escravos, isso poderia resultar em uma população total cinco vezes menor. Os trabalhadores desempregados se fixaram no campo e tentaram produzir eles mesmos os bens que queriam, desmonetizando a economia e acabando com a divisão do trabalho, ocorrendo uma drástica redução da produtividade da economia.

Esses fenómenos resultaram na criação do primitivo sistema feudal baseado na auto-suficiência de pequenos territórios economicamente independentes.

Com seu sistema económico destruído, a produção de armas e a manutenção de uma força militar defensiva se tornaram infinanciáveis, o que facilitou enormemente as invasões dos bárbaros.

O declínio cultural
Outra vertente que contribuiu para a sua queda foi a diversificação cultural que Roma se tornou após o contato com as colônias e com a naturalização dos bárbaros, fato que possibilitou à população insatisfeita duvidar da influência dos deuses nas decisões políticas, explicação que legitimava o poder do imperador.

O exército descobriu sua importância no sistema romano e passou a exigir status e melhores remunerações, exigências que o Império não tinha condições de corresponder. Razões tais nos levam a concluir que a queda do império foi ocasionada por fatores internos do próprio Império. É lógico que após a consumação do fato fica fácil analisar o problema, pois estamos fazendo o estudo retrospectivo, e na época do Império, apesar desses problemas terem sido alertados por alguns Senadores, não se podia prever com situações hipotéticas o que poderia acontecer, até porque quando esses problemas começaram a aparecer o Império estava em sua melhor fase.

O exército 
Em última análise, Roma conquistou o seu império graças às forças das suas legiões. E os seus exércitos no baixo-império eram muito diferentes do que tinham sido na época da República e do alto império. Eram tropas inferiores sob todos os aspectos.

Para recrutar soldados recorria-se a vários métodos em simultâneo: voluntários, recrutamento por conscrição (e aí a influência dos grandes proprietários era determinante, pois não queriam perder os seus melhores homens e falseavam o sistema), hereditariedade, ou então rusga pura e simples até se preencher as necessidades. De fato, ao contrário do que se disse por muito tempo, o exército romano continuou a ser constituído por gente de dentro do império com excepção de algumas unidades: a barbarização dos quadros no Ocidente só se deu em meados do século V e mesmo assim a defesa local ficou sempre a cargo dos romanos, mantendo-se algumas unidades romanas ofensivas.

Quanto ao valor do soldado romano, poderia ter perdido algumas das suas qualidades, mas a realidade é que a guerra se modificou: raramente se travavam grandes batalhas entre exércitos regulares o que era muito caro para as frágeis estruturas financeiras do império tardio, mas sim emboscadas e guerrilha que exigia sobretudo flexibilidade e improvisação e menos automatismo nas formações.

Cabe ressaltar, que o exército romano era uma força permanente, e não recrutada de acordo com as necessidades por algum tempo. Logo, para se manter um grande exército é preciso muito dinheiro e o Ocidente não o tinha, por causa do declínio econômico que se procedia desde o século III: apesar de ter espremido as províncias até levar à revolta dos camponeses, sobretudo na península Ibérica e Gália, os imperadores do Ocidente não conseguiram preservar o seu Estado. Poder-se-ia argumentar que o Cristianismo enfraquecera o patriotismo romano, mas essa é uma falsa questão; soldados romanos nunca passaram para o lado do inimigo externo. Entretanto, freqüentemente tendiam a querer nomear um novo imperador, entrando em conflito contra outras legiões. Isso vinha acontecendo desde o fim da república, assim que terminou a conscrição por períodos limitados.

No princípio do século V, a maioria do exército romano era ainda constituída por romanos. À medida que os bárbaros foram entrando pelo império, começou-se a fazer acordos em que eles deveriam fixar-se num determinado território, recebendo terras e, em troca, ficando a serviço do imperador para lutar contra seus inimigos, nas tropas auxiliares. Portanto, essa situação de bárbaros a serviço de Roma já era comum.

No entanto, o recrutamento destes, costumava ser feito por indivíduos treinados, que eram ensinados a falar latim e equipados por oficiais romanos, tornando-se romanos indistinguíveis na geração seguinte. Na nova situação, eles vinham em enormes grupos com seus próprios líderes. A consequencia disso foi que as tribos foram, progressivamente, emancipando-se da tutela romana e formando seus próprios reinos.

Com relação às invasões, é importante notar que a região europeia do império passou a ser ocupada por povos nômades, de diferentes origens e em alguns casos, que realizavam um processo de migração, ou seja, sem a utilização de guerra contra os romanos. Vários desses povos foram considerados aliados de Roma.

O cristianismo
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.pngVer artigo principal: Cristianismo
Uma das questões sociológicas muito debatidas ao longo da história é a questão de saber se o Cristianismo contribuiu ou não para a queda do Império Romano do Ocidente.
O Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano em 380, com o imperador Teodósio I. O Império Romano do Ocidente cairia cerca de 100 anos depois. Entre os séculos II e III, séculos em que o Cristianismo ganhou cada vez mais adeptos entre os Romanos, o Império começou a sentir os sinais da crise: foi-se diminuindo o número de escravos, ocorreram rebeliões nas províncias, a anarquia militar e as invasões bárbaras.

Quando se fala em "sinais da crise" que estariam pretensamente relacionados ao cristianismo, na verdade se fala de um período extremamente conturbado, no qual o Império chegou a estar muito perto da derrocada. Por volta de 285, o imperador Diocleciano salvou o Império Romano do colapso, dando a ele um último fôlego. Tudo isso já ocorria numa época em que os cristãos eram somente uma minoria marginalizada.

O Templo de Augusto e da deusa Roma em Pula: Sobretudo nas províncias existia verdadeiro culto imperial à figura do imperador.

A tentativa de responsabilizar o cristianismo pelos fortes problemas vividos em Roma durante os séculos II e III fica bastante enfraquecida quando se percebe que mesmo no início do século IV apenas cinco a sete por cento dos romanos tinham se tornado cristãos; quase todos eles na parte Oriental do império, exatamente o lado que permanecera mais forte e estruturado durante a crise.

Além disso, mesmo na época da queda definitiva de Roma, o lado oriental continuava sendo o mais cristianizado. E foi esse lado mais cristão que sobreviveu na forma posteriormente conhecida como Império Bizantino.

Se a Igreja tivera reticências ao serviço militar nos tempos da perseguição, a partir do momento que o império se tornou cristão considerava um crime grave alguém furtar-se ao seu dever. A pena por deserção no exército era ser queimado a fogo lento. A Igreja tornou-se fervorosamente patriótica e romana a ponto de desgostar um neo-pagão como o imperador Juliano, o Apóstata que achava que os cristãos só deviam poder ensinar coisas relacionadas com o cristianismo e não cultura clássica. De alguma maneira, aumentou a consistência do império.

Um outro argumento que se apresenta normalmente, é que enquanto o Império pagão fora tolerante, o cristianismo era intolerante perseguindo pagãos, cristãos considerados heréticos e judeus. Roma, de fato, fora no início do Cristianismo relativamente tolerante - se perseguira pontualmente grupos como os cristãos fora por motivos muito específicos. A recusa dos cristãos em aceitar o culto da divindade do imperador foi com toda probabilidade a base jurídica da perseguições que se seguiram.1 A devoção monoteísta dos cristãos e sua rejeição aos rituais tradicionais deram os motivos adicionais.2

Depois das dificuldades do século III, vários imperadores procuraram centralizar mais o Estado, obter um maior controle dos cidadãos para que deste modo fosse mais fácil mobilizar recursos humanos e financeiros para defender o fragilizado império, e unificar o império em torno de uma ideologia. Com Constantino I tornou-se o cristianismo a religião a obter esse monopólio.

O conceito de decadência 

                            Saque de Roma pelos Vândalos, em 455.Heinrich Leutemann.


Os historiadores têm revisto o conceito de decadência. Se analisarmos os séculos IV e V, estes são muito ricos em termos artísticos e culturais, sobretudo se comparados com os séculos II e III. Temos os padres da Igreja, os Neo-Platônicos, os primeiros passos da arte bizantina a mostrar a vitalidade do império que continuou com Bizâncio. É que quando se fala de que o império se desmoronou, existe a tendência a esquecer que o Império Romano do Oriente, fortemente cristianizado e urbano, ainda existiu mais mil anos, embora em declínio territorial, enquanto que a metade ocidental pagã e menos urbanizada é que foi conquistada pelos bárbaros.

De certo modo, Roma ainda vive em nós. Nossa língua, assim como outras línguas européias derivam do latim, mesmo idiomas não-latinos tem muitas palavras de origem latina. As bases de nossa justiça, exército e família são de raízes romanas.

O fim 
Quando o último imperador romano, Rômulo Augusto, foi deposto em 476 d.C., por um grupo de mercenários, poucos territórios (e tropas) restavam ao seu serviço. Os comandantes e chefes que tentavam manter o Estado Romano nos últimos anos também eram, na maioria dos casos, de origem bárbara. Só faltava que um decidisse tomar a púrpura, coisa que não sucedeu.

O imperador deposto, Rômulo Augusto, era filho de um general de origem bárbara, Orestes, que havia servido antes a Átila o Huno, e havia obtido o trono graças ao pai que havia derrubado o último imperador legítimo, Júlio Nepos, que porém manteve sua autoridade sobre a Dalmácia.

Os aliados de Orestes (hérulos e rúgios) depois se desentenderam com seu patrono e, sob as ordens de Odoacro, depuseram Rômulo Augústulo. Observa-se que a deposição do último imperador não foi um acontecimento repentino e que trouxesse mudança social drástica, mas sim foi o resultado de um longo processo que se desenrolava há quase um século.

Convencionou-se esta data como o fim da Antiguidade, mas é provável que poucos naqueles anos considerassem aquele fato como o fim de uma era. Muito diferente, portanto, de outros marcos da história como, por exemplo, a Tomada da Bastilha durante a Revolução Francesa.

Referências
  1. GAETA, Franco; VILLANI, Pasquale. Corso di Storia: per le scuole medie superiori. 1 ed. Milão: Principato, 1986. 323 p. 1 vol. vol. 1.
  2. GEARY, Patrick. O mito das nações: A invenção do nacionalismo. 1 ed. São Paulo: Conrad, 2005. 223 p. 1 vol. vol. 1. ISBN 85-7616-120-6

Ver também[editar]


Bibliografia[editar]

  • GIBBON, Edward. Declínio e queda do Império Romano. Edição abreviada. São Paulo: Companhia da Letras: Círculo do Livro, 1989.