A Idade Média (adj. medieval) é um período da
história da Europa entre os séculos V e XV.
Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente
e termina durante a transição para a Idade Moderna.
PESQUISAS ABAIXO DERIVADAS DO VÍDEO:
History2- The story of Europe - light and darkness
As cidades medievais (ou burgos) eram sempre espaços fechados,
rodeados por muralhas. As suas portas eram vigiadas por forças armadas e
fechadas durante a noite. A partir do século XII, o crescimento das populações
fez transbordar os velhos burgos que se expandiram para fora das muralhas.
Burgos - cidades muradas ("O ar da cidade liberta" = nelas os servos se tornavam artesãos e comerciantes, livrando-se do Dízimo Católico (Igreja) e dos Impostos dos Senhores Feudais))
Os burgos surgiram na Baixa Idade Média, na época da decadência feudal e crescimento comercial e urbano.[2] Os burgos desenvolveram-se pelo processo de troca de produtos entre um feudo e outro. Os produtores levavam seus produtos até o burgo (que ficava "dentro" de um feudo) e lá faziam uma espécie de feira trocando seus produtos por outros ou por dinheiro.
Os habitantes dos burgos dedicavam-se ao comércio e à produção artesanal, que era realizada pelo mestre em sua oficina.[3] Seus habitantes eram chamados de burgueses, crescendo em poder econômico de modo que no século XIX formaram a burguesia.[4]
LIGA HANSEÁTICA - Semente da Comunidade Européia, do Século XX
A Liga Hanseática (em alemão, die Hanse, sendo que An Hanse significava aproximadamente associação) foi uma aliança de cidades mercantis - alemãs ou de influência alemã - que estabeleceu e manteve um monopólio comercial sobre quase todo norte da Europa e Báltico, em fins da Idade Média e começo da Idade Moderna (entre os séculos XII e XVII). Abrangeu cerca de 100 cidades, com Lubeque como centro. De início com caráter essencialmente econômico, desdobrou-se posteriormente numa aliança política.[1][2][3][4]
Do Norte da Europa era exportado peixe seco, trigo, madeira, ferro , cobre, sal, lã e peles. De volta eram trazidos tecidos, vinho, sal e especiarias.
Comércio criou riqueza e expansão da Fé Cristã como validação para afluência dos Mercadores (até aqui só validava o poder do Clero e da Nobreza)
Progressão anual da peste negra
A cor verde indica zonas pouco atingidas
A Peste Negra
Tudo começa quase como um resfriado comum. Dentro de um dia aparecem a febre, as manchas pretas do tamanho de bolas de bilhar no pescoço, e então a tosse com sangue. Poucos viveram mais de dois dias após o início da infecção, e muito rapidamente o destino dos corpos tornou-se um problema.
O ano era 1347. E esse foi o pior desastre biológico na história da humanidade, abalando os alicerces da ordem social vigente. Quase metade da população europeia morreu, e diante desse cenário apocalíptico foram registrados exemplos de nobreza e também de selvageria.
Talvez a peste negra sirva como um exemplo para nosso próprio tempo, levando-nos a questionar a estabilidade da nossa sociedade diante de uma possível catástrofe como essa. E também a nossa vulnerabilidade frente a alguns novos assassinos microbiológicos, espalhados através de mudanças ecológicas ou do terrorismo biológico.
Foi dito que a peste negra teve início nas regiões mais remotas do império mongol, e se espalhou ao longo de suas rotas de comércio para o porto de Caffa no Mar Negro, de onde teria migrado através de embarcações para a Itália e toda Europa; sendo causada por uma bactéria mortal, a Yersina pestis, carregada nos estômagos das pulgas que infestavam os ratos que eram abundantes nas cidades da Idade Média. À medida que a doença matou os ratos, as pulgas moveram-se para outros hospedeiros, os seres humanos. Uma vez que eram infectadas, tornavam-se elas mesmas agentes de transmissão, ao cuspir e tossir sangue contaminado. Em alguns casos a morte vinha em menos de 24 horas, ceifando a vida de famílias inteiras em poucos dias.
FONTE: History Chanel
Peste negra (ou Morte negra) é o nome pela qual ficou conhecida uma das mais devastadoras pandemias na hist ória humana, resultando na morte de 75 a 200 milhões de pessoas na Eurásia.[1] Somente no continente europeu, estima-se que tenha vitimado pelo menos um terço da população em geral, sendo o auge da peste acontecendo entre os anos de 1346 e 1353.[2][3][4]
Bodes expiatórios: Judeus ("condenaram Cristo") - credores de muitos mercadores, nobres, plebeus e poderosos (que não sabiam como lidar com o flagelo da Peste Negra) - foram acusados de envenenar os poços de água - válvula de escape para poderosos evitarem a Ira do Povo e, como vantagem auxiliar, meio de se livrarem de dividas...
Fonte do Anti-Semitismo, tão bem explorado pelos Nazistas para "reerguer a Alemanha" (1930-1945)
Fonte do Anti-Semitismo, tão bem explorado pelos Nazistas para "reerguer a Alemanha" (1930-1945)
Pequena Era Glacial = Fome na Europa / Guerras Camponesas (80% da população dependia da Agricultura)
Pequena Era Glacial
Foi no século XVII, devido à Pequena Era Glacial, que os viquingues abandonaram a Groenlândia, cuja vegetação passou de verdejante a tundra. A Finlândia perdeu então um terço da sua população e a Islândia metade. Na Inglaterra, o Tâmisa congelou (pela primeira vez em 1607, pela última em 1814). No inverno de 1780, a zona fluvial de Nova Iorque congelou e podia-se ir a pé da ilha de Manhattan à de Staten Island, tendo as conexões comerciais bloqueadas por via marítima. Os canais holandeses costumavam ficar completamente congelados. As geleiras nos Alpes cobriam aldeias inteiras, matando milhares de pessoas, e se formou uma grande quantidade de gelo no mar, a tal ponto que não existia mar aberto em torno da Islândia em 1695.
A Guerra dos Camponeses (em alemão, Deutsch er Bauernkrieg) foi uma revolta popular generalizada nos países da língua alemã na Europa Central, entre 1524-1525. Falhou por causa da intensa oposição da aristocracia, que abateu até 100 mil dos 300 mil camponeses e agricultores mal armados e mal conduzidos. Os sobreviventes foram multados e obtiveram poucos ou nenhum de seus objetivos.
Bodes expiatórios: bruxos e bruxas
A caça às bruxas foi um movimento de perseguição religiosa e social iniciado no século XV, atingindo seu apogeu nos séculos XVI a XVIII, principalmente na Alemanha, Escandinávia, Inglaterra, Escócia, Suíça e, em menor escala na Polônia, Rússia, Finlândia, Islândia, Irlanda, França, Pe nínsula Ibérica, Itália e, Império Habsburgo. O livro mais expressivo sobre é chamado de "Martelo das Feiticeiras" (do latim: Malleus Maleficarum) de 1487.
Atualmente, o termo “caça-às-bruxas” se refere a qualquer investigação geralmente conduzida com muita publicidade, supostamente com o objetivo de revelar atividade subversiva, como por exemplo a corrupção, mas que busca enfraquecer a oposição política.
(...)
A "Caça às Bruxas" na Europa começou no fim da Idade Média e foi uma questão de seitas e conotação de processo religioso - político e social da Idade Moderna. A situação assumiu tamanha dimensão, também devido às populações sofrerem frequentemente de maus anos agrícolas e de epidemias, resultando elevada taxa de mortalidade, e dominadas pela superstição e pelo medo.
A maior parte das vítimas foram julgadas e executadas entre 1580 e 1660. A quantidade de julgamentos e a proporção entre homens e mulheres condenados poderá variar consideravelmente de um local para o outro.
Por outro lado, 3/4 do continente europeu não presenciou nem um julgamento sequer. A maioria das vítimas foram julgadas e executadas por tribunais seculares, sendo os tribunais locais, foram de longe os mais intolerantes e cruéis.
Por outro lado, as pessoas julgadas em tribunais religiosos recebiam um melhor tratamento, tinham mais chances de poderem ser inocentadas ou de receber punições mais brandas, o que se denominava na época de Comissões da Verdade, as inquisições, com base nos Cânones.
O número total de vítimas ficou provavelmente por volta dos 50 mil, e destes, cerca de 25% foram homens. Mulheres estiveram mais presentes que os homens, e também enquanto denunciantes, e não apenas como vítimas.
Estudos recentes apontam que muitas das vítimas da "Caça as Bruxas", bem como de muitos "casos de endemoniados", teriam sido vítimas de uma intoxicação. O agente causador era um fungo denominado Claviceps purpurea, um contaminante comum do centeio e outros cereais. Este fungo biossintetiza uma classe de metabólitos secundários conhecidos como alcalóides da cravagem e, dependendo de suas estruturas químicas, afectavam profundamente o sistema nervoso central. Os camponeses que comeram pão de centeio (o pão das classes mais pobres) contaminado com o fungo, eram envenenados e desenvolveram a doença, atualmente denominada de ergotismo.
Em alguns casos, também verificou-se alegações falsas de prática de "bruxaria" e de estar "possuído pelo demônio", com o fim de se apropriar ilicitamente de bens alheios ou como uma forma de vingança.[24]
OUTRO VÍDEO:
No início da Idade Média, a Europa floresce. Os pináculos das catedrais sobem ao céu, os comerciantes estabelecem trocas bancárias e comerciais, a arte e a literatura florescem. Então a peste, a fome e a guerra espalharam miséria e sofrimento por toda a Europa, abalando as próprias fundações do Ocidente cristão e dizimando um terço de sua população. Mas a Europa encontra identidade e inspiração comuns em seu sofrimento compartilhado. O Renascimento desencadeia uma redescoberta da arte e da ciência antigas, abrindo o caminho para a modernidade.
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