sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Em busca da Política - Zygmunt Bauman - O melhor amigo do mal, lembra Bauman, é justamente a banalidade. E a banalidade tem a rotina, o conformismo e a resignação como aliados estratégicos.



“Nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar ou deixa que essa arte caia em desuso pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem”, resume. E o caminho para reverter esse quadro, propõe, passa necessariamente pela ação coletiva, pela política com “P” maiúsculo. O ponto central de seu livro é que “a liberdade individual só pode ser produto do trabalho coletivo, só pode ser assegurada e garantida coletivamente”.

Neste momento, estamos caminhando exatamente no sentido contrário, ou seja, no caminho da privatização dos meios de assegurar algo que possamos chamar de liberdade individual. “Se isso é uma terapia para os males atuais, é um tratamento fadado a produzir doenças iatrogênicas dos tipos mais sinistros e atrozes (destacando-se a pobreza em massa, a superfluidade social e o medo ambiente)”.

Estamos caminhando rapidamente nesta direção, com a cumplicidade escandalosa da maioria dos políticos, dos meios de comunicação e de uma boa parcela da intelectualidade. A qualidade constrangedora do debate político atual, a superficialidade, a banalidade, o culto às fofocas e às picuinhas e o sensacionalismo que caracteriza a cobertura midiática deste debate só contribui para acelerar a velocidade dessa disparada ladeira abaixo.

O melhor amigo do mal, lembra Bauman, é justamente a banalidade. E a banalidade tem a rotina, o conformismo e a resignação como aliados estratégicos.



forças conspiram com a apatia política para recusar alvarás para a construção de novos espaços.



http://www.pvbahia.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=93:em-busca-da-politica-zygmunt-bauman&catid=67:jpv-recomenda&Itemid=129

O liberalismo reduziu-se ao credo de que não há alternativa e a esquerda vem se curvando progressivamente a ele. Isso ameaça a sobrevivência da política como ação coletiva e promove o conformismo em larga escala, defende o sociólogo polonês Zigmunt Bauman, em um livro desafiador.
O livro “Em busca da política” (Jorge Zahar Editor), do sociólogo polonês Zigmunt Bauman, deveria ser lido por todos aqueles que estão preocupados com os rumos da política no Brasil e no mundo.

Nos últimos anos, diversas pesquisas realizadas em vários cantos do planeta registraram um crescente descrédito da população em relação à política e aos políticos de um modo geral. Prospera uma visão que coloca a classe política e a atividade política em uma esfera de desconfiança e perda de legitimidade.

A tentação de jogar todos os partidos em uma mesma vala comum de oportunistas e aproveitadores representa um perigo para a sobrevivência da própria idéia de democracia. O que explica esse fenômeno que se reproduz em vários países? A política e os políticos estão, de fato, fadados a mergulhar em um poço sem fundo de desconfiança? Essa desconfiança deve-se unicamente ao comportamento dos políticos ou há outros fatores que explicam seu crescimento?

Na introdução de seu livro, Bauman analisa algumas crenças contraditórias que perpassam boa parte da sociedade ocidental hoje. Lembrando que as crenças não precisam ser coerentes para que acreditemos nela, ele destaca duas delas para tentar lançar uma nova luz sobre a perda de legitimidade que atinge crescentemente a ação política.

A primeira consiste em afirmar que a questão da liberdade está resolvida no mundo ocidental e que não há mais necessidade de ir para as ruas protestar e exigir uma liberdade maior do que a experimentamos hoje. A segunda é pensar que, considerando a atual configuração política e econômica do mundo, pouco podemos mudar e, portanto, devemos nos contentar com as coisas mais ou menos do modo que elas estão. “Como cultivar essas duas crenças ao mesmo tempo é um mistério para qualquer pessoa treinada no raciocínio lógico”, assinala Bauman.

Liberdade individual e impotência coletiva
Afinal de contas, acrescenta o sociólogo, “se a liberdade foi conquistada, como explicar que entre os louros da vitória não esteja a capacidade humana de imaginar um mundo melhor e de fazer algo para concretizá-lo?”. “E que liberdade é essa que desestimula a imaginação e tolera a impotência das pessoas livres em questões que dizem respeito a todos?”. O livro de Bauman pretende investigar por que essas duas crenças contraditórias convivem hoje, compondo uma espécie de pensamento hegemônico na sociedade.

A conclusão que vai extrair, no curso desta investigação é que “o aumento da liberdade individual pode coincidir com o aumento da impotência coletiva na medida em que as pontes entre a vida pública e privada são destruídas ou, para começar, nem foram construídas”. Além da ausência ou da destruição dessas pontes, um outro fator contribui, segundo ele, para o desencantamento com a política, a saber, a ausência de tradução entre as esferas pública e privada.

Não é muito difícil detectar esses fenômenos na sociedade brasileira. O sentimento de impotência coletiva, a idéia de que certos problemas não têm solução e que o negócio é cada um cuidar da sua vida, o afastamento entre as esferas pública e privada. O debate sobre a corrupção é emblemático neste sentido e não é nenhum exagero afirmar que o modo como os meios de comunicação abordam o problema tende a reforçar esses sentimentos.

O senso comum olha a atual paisagem política como quem olha para uma floresta onde todas as árvores são iguais. Mais grave ainda: essas árvores teriam um comportamento parasitário, cada uma procurando acumular vantagens individuais sem se preocupar com o bem-estar coletivo da floresta. Obviamente, reconhecer a força dessas percepções no conjunto da sociedade implica admitir a existência de evidências na sua direção.

O fisiologismo político, as práticas do toma-lá-dá-cá, a falta de coerência entre o dizer e o fazer, estão aí a povoar todos os dias os noticiários.

Explosões espetaculares e a impotência dos políticos

Neste cenário, diz ainda Bauman, as angústias coletivas tendem a se manifestar apenas em alguns momentos particulares, sob a forma do que chama de “explosões espetaculares”.

Essas explosões podem se manifestar na forma de festivais de compaixão e caridade, como ocorre frequentemente com grandes campanhas assistencialistas promovidas por grandes meios de comunicação, capazes de mobilizar virtualmente milhões de pessoas. E ocorrem também sob a forma de agressão acumulada contra um inimigo público recém-descoberto.

Essa última forma é particularmente identificável no debate sobre a corrupção. Alguns personagens são identificados como os vilões da pátria, vestidos como grandes ratos (como fez recentemente a revista Veja) e transformados em alvos para uma catarse coletiva. O problema com essas explosões espetaculares adverte o sociólogo, é que “elas perdem força rapidamente; assim que voltamos às questões rotineiras do nosso dia-a-dia, as coisas também retornam inalteradas ao ponto inicial”.

O que fazer, diante disso? Bauman aponta um caminho e um grave problema para percorrê-lo. O caminho: “a chance para mudar isso depende da “ágora” - esse espaço nem privado nem público, porém mais precisamente público e privado ao mesmo tempo”. Um espaço, segundo ele, onde os problemas particulares se encontram não apenas para extrair prazeres narcisistas ou buscar alguma terapia através da exibição pública. O problema: esse tipo de espaço está deixando de existir. Poderosas forças econômicas  “conspiram com a apatia política para recusar alvarás de construção para novos espaços".

Para falar de um dos fenômenos relacionados a esse processo de privatização da “ágora”, Bauman lembra uma afirmação de Cornelius Castoriadis, feita em 1996. Para Castoriadis, o aspecto mais notável da política contemporânea é sua insignificância. “Os políticos”, disse, “são impotentes... Já não têm programa, seu objetivo é manter-se no cargo”.

O elogio do conformismo
Essa opinião encontra eco no cenário político dos últimos anos, onde a esmagadora maioria das mudanças de governo não implica grandes diferenças. O liberalismo, nota Bauman, reduziu-se ao “mero credo de que não há alternativa”, que toda e qualquer alternativa são piores se experimentadas na prática. E a esquerda vem se curvando progressivamente a esse credo. Qual o resultado? O elogio e a promoção do conformismo em larga escala, responde o sociólogo.

A capacidade dos indivíduos de traçar, individual e coletivamente, seus limites foi praticamente perdida, acrescenta. Tudo se passa como se não houvesse lugar para cidadania fora do consumismo e do individualismo, do cada-um-por-si. Bauman é duro neste diagnóstico: “é só nessa forma que os mercados financeiros e mercantis toleram a cidadania. E é essa forma que os governos do dia promovem e cultivam. A única grande narrativa que restou nesse campo é (para citar de novo Castoriadis) a da acumulação de lixo e mais lixo”.

Tudo isso tem um preço, adverte Bauman: “o preço é pago na moeda em que é pago geralmente o preço da má política - o do sofrimento humano”. Esse sofrimento se expressa na forma da incerteza quanto ao futuro, da insegurança crescente e da falta de garantia de direitos.

E o que é mais dramático, acrescenta, é que a natureza desses problemas causa sérios obstáculos a ações coletivas, pois o medo, a insegurança e a incerteza fazem com que as pessoas não se mostrem dispostas a correr os riscos que as ações coletivas implicam. O maior deles, a falta de garantias de que vai dar certo. Assim, gera-se um ciclo vicioso: a insegurança gera mais insegurança e um progressivo encerramento dos indivíduos em torno de si mesmos. As instituições políticas passam a ser vistas como instâncias de pouca ajuda para suas vidas.

A segurança torna-se uma obsessão, alimentando a desconfiança entre as pessoas e a desilusão destas para com as instituições.

A banalidade e a rotina são os melhores amigos do mal. Mais fácil falar do que fazer, tecer diagnósticos do que apresentar soluções, admite Bauman. Mesmo assim, ele aponta um caminho, mais uma vez citando Castoriadis: o problema com a nossa civilização é que ela parou de se questionar.

“Nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar ou deixa que essa arte caia em desuso pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem”, resume. E o caminho para reverter esse quadro, propõe, passa necessariamente pela ação coletiva, pela política com “P” maiúsculo. O ponto central de seu livro é que “a liberdade individual só pode ser produto do trabalho coletivo, só pode ser assegurada e garantida coletivamente”.

Neste momento, estamos caminhando exatamente no sentido contrário, ou seja, no caminho da privatização dos meios de assegurar algo que possamos chamar de liberdade individual. “Se isso é uma terapia para os males atuais, é um tratamento fadado a produzir doenças iatrogênicas dos tipos mais sinistros e atrozes (destacando-se a pobreza em massa, a superfluidade social e o medo ambiente)”.

Estamos caminhando rapidamente nesta direção, com a cumplicidade escandalosa da maioria dos políticos, dos meios de comunicação e de uma boa parcela da intelectualidade. A qualidade constrangedora do debate político atual, a superficialidade, a banalidade, o culto às fofocas e às picuinhas e o sensacionalismo que caracteriza a cobertura midiática deste debate só contribui para acelerar a velocidade dessa disparada ladeira abaixo.

O melhor amigo do mal, lembra Bauman, é justamente a banalidade. E a banalidade tem a rotina, o conformismo e a resignação como aliados estratégicos. A advertência de Bauman pode ser reforçada com uma passagem de outro livro, “O fim da utopia” (Ed. Record), do historiador Russell Jacoby.

Ao analisar o desânimo e a dissimulação intelectual, “que finge que cada passo para trás ou para o lado significa dez passos à frente”, Jacoby lembra uma carta que o poeta inglês Samuel Coleridge escreveu a seu amigo William Wordsworth,em 1799, pedindo que ele escrevesse algo que contestasse o mal-estar e a resignação que se generalizavam na época. O sentido das palavras de Coleridge continua ecoando em nossos ouvidos, de modo provocador: “Gostaria que escrevesse um poema, em versos brancos, dirigidos àqueles que, em consequência do total fracasso da Revolução Francesa, desistiram de toda esperança de aperfeiçoamento da humanidade e estão afundando num egoísmo quase epicurista, disfarçando-o sob as aparências cômodas do apego ao que é nosso e do desprezo ao visionarismo dos filósofos”.

Jornalista

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
CPI do Cachoeira e covardia política


Por 18 votos a 16, o relatório final da CPI do Cachoeira, elaborado pelo deputado Odair Cunha (PT-MG), foi rejeitado nesta terça-feira (18). O documento pedia o indiciamento do mafioso Carlinhos Cachoeira, do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), do ex-sócio da construtora Delta, Fernando Cavendish, entre outros. Os votos do PSDB e de parte do PMDB foram decisivos para o fim melancólico da CPI. No final da sessão, foi aprovado apenas um requerimento que pede ao Ministério Público Federal que continue as investigações.

O resultado desta Comissão Parlamentar de Inquérito, que durou mais de oito meses, evidencia que a correlação de forças ainda é muito desfavorável no Congresso Nacional e que a mídia privada exerce forte influência sobre os deputados e senadores. Na prática, jornalões, revistonas e emissoras de tevê atuaram para sabotar as investigações do CPI, afirmando que ela servia aos interesses do “lulopetismo”. Além disso, o melancólico desfecho confirma os danos causados pela covardia política e pelo pragmatismo exacerbado.

Com a desculpa de que era preciso evitar o confronto, o relator Odair Cunha foi pressionado a retirar do seu relatório o pedido de indiciamento do jornalista Policarpo Jr., editor da revista Veja, e de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Isolado, o deputado mineiro rendeu-se à pressão, alegando que cortava o “secundário” para garantir a aprovação do relatório final. O vexaminoso recuo, porém, não garantiu nem sequer este desfecho “negociado” nos bastidores do cretinismo parlamentar.

Mesmo após todos os conchavos, o PSDB encaminhou contra o relatório para poupar o tucano Marconi Perillo. Já um setor do PMDB votou contra o documento que pedia o indiciamento do ex-dono da Delta para salvar o governador Sérgio Cabral (RJ). Em síntese, o recuo não garantiu a aprovação do relatório final, desmoralizou as forças que se empenharam nas investigações e nem sequer serviu para politizar a sociedade, desmascarando os amigos íntimos da máfia de Carlinhos Cachoeira – que segue em liberdade!



Ver também:

sábado, 29 de setembro de 2012

Pequeno Manual sobre Eleições - Quintus Tullius - Em 64 a.C => Pelo jeito, em 2076 anos pouco mudou no sistema representativo.... Vamos conversar sobre como tentar algo novo?

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Claudio Estevam Próspero 
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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sinal amarelo (Brasil), vermelho (Chile) para DEMOCRACIA REPRESENTATIVA: Abstenção nas eleições municipais do Chile = 70% /// [ Haddad= 39,30% ] [ Serra= 31,43% ] ABSTENÇÕES+BRANCOS+NULOS= 29,27%


Vejam abaixo que o prefeito eleito, da maior cidade da América Latina, obteve aprovação de, apenas,  39,30% do eleitorado !!!

Haddad é eleito prefeito com menos votos do que Kassab obteve em 2008


2 horas atrás ... Brasília – As eleições municipais no Chile, ocorridas ontem (28), indicaram o 
desânimo do eleitorado. Pelos dados oficiais, 70% do total de 13 ...

O voto no Chile é voluntário. Até as eleições municipais de 2008, era obrigatório. 
Na ocasião, houve abstenção de 25% e mais de 500 mil votos foram ...

Com uma grande abstenção, o governo do presidente Sebastián Piñera foi 
derrotado ... em importantes disputas nas eleições municipais de domingo no 
Chile...

1 hora atrás ... Dos 30% que foram às urnas, a maioria escolheu candidatos de esquerda e de centro, derrotando os partidos conservadores.


(Lembremos que o Chile sempre é citado como exemplo econômico e institucional para a América Latina !!!!)


14 jul. 2004 ... Chile: nova plataforma de negócios da América Latina? A exemplo de países como Índia e Irlanda, o Chile aposta alto para atrair ...

ppfuturo.blogspot.com/.../chile-exemplo-para-amrica-latina.html - Em cache
17 nov. 2006 ... Chileexemplo para a América Latina. É notório o desenvolvimento do Chile, um país que só vem obtenho superávit em sua balança ...

3 set. 2008 ... FOLHA - O Chile é tido como um exemplo de educação na América Latina. O modelo com escolas subsidiadas pelo Estado é o responsável ...


28/10/2012 21h02 - Atualizado em 29/10/2012 10h28

Abstenção de 19% no segundo turno é 'preocupante', diz presidente do TSE

No primeiro turno, percentual de eleitores que faltou foi de 16,41%.
Cármen Lúcia também quer sessão extra para julgar recursos mais rápido.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília


A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou na noite deste domingo (28) que o percentual de abstenção em 19% no segundo turno das eleições municipais de 2012 é "preocupante".

No segundo turno da eleições municipal anterior, de 2008, o índice de eleitores que faltaram às urnas foi de 18,09%. No primeiro turno da eleição deste ano o percentual foi de 16,41%. Com 100% das  urnas do país apuradas, o índice de abstenção ficou em 19,11%.
28/10/2012 21h52 - Atualizado em 28/10/2012 22h53

SP tem maior abstenção desde 1992; nº de brancos e nulos cai no 2º turno

Segundo dados do TSE, 19,99% dos eleitores não compareceram às urnas.
Em comparação com 1º turno, percentual de brancos e nulos foi menor.

Rosanne D'Agostino Do G1, em São Paulo

O segundo turno das eleições municipais na cidade de São Paulo teve o maior percentual de abstenção nas urnas desde 1992, quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) começou a fazer o registro.

De acordo com os dados da apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 19,99% dos eleitores da capital paulista – 1,72 milhão de pessoas – não compareceram às urnas neste domingo. No primeiro turno, realizado no dia 7 de outubro, o percentual havia sido de 18,48%.

saiba mais

No pleito deste domingo, o percentual de votos em branco e nulos foi menor em comparação ao primeiro turno, segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os votos brancos, que no primeiro turno chegaram a 5,43%, ou 381.407 de votos, somaram 4,34% do total (299.224 votos) no segundo turno. Os votos nulos passaram de 516.384 (7,35% dos que foram às urnas) no primeiro turno para 500.578 (7,26% do total) neste domingo.

Com 100% das urnas apuradas, de acordo com o TSE, Fernando Haddad (PT) foi eleito prefeito da capital paulista com 3.387.720 votos, o que corresponde a 55,57% dos votos válidos. Derrotado, José Serra (PSDB) obteve 2.708.768 votos (44,43% dos votos válidos).

(Confira a apuração completa do segundo turno em São Paulo)

Comparecimento às urnas no segundo turno das eleições municipais de São Paulo:

2000200420082012
Eleitorado7.134.8217.771.5038.198.2828.619.170
Abstenções1.081.364 (15,16% do eleitorado)1.364.034 (17,55% do eleitorado)1.438.355 (17,54% do eleitorado)1.722.880 (19,99%)
Votos válidos5.551.738
 (91,71% dos que foram às urnas)
6.070.331 (94,7% dos que foram às urnas)6.243.085
(92,35% dos que foram às urnas)
6.096.488 (88,4%)
Votos em branco206.722 (3,41% dos que foram às urnas)95.921 (1,5% dos que foram às urnas)376.880
(2,62% dos que foram às urnas)
299.224 (4,34%)
Votos nulos294.997 (4,87% dos que foram às urnas)241.217 (3,76% dos que foram às urnas)339.962
(5,03% dos que foram às urnas)
500.578 (7,26%)
*Fonte: TSE e TRE-SP

Primeiro turno
No primeiro turno, os votos em branco, nulos e abstenções subiram. Quase 900 mil eleitores votaram em branco ou nulo para prefeito na votação do dia 7 de outubro, além dos 1,5 milhão que deixaram de comparecer às urnas. Os 2,4 milhões que não escolheram candidato na capital paulista representaram 28% do eleitorado.



No primeiro turno da eleição de 2008 na cidade de São Paulo, os votos brancos, nulos e abstenções, somados, representaram 22% do eleitorado.
Dos 8.619.170 eleitores da cidade de São Paulo, 6.128.657 compareceram. Em 2008, São Paulo tinha 8.198.282 eleitores, dos quais 6.369.283 escolheram um candidato no primeiro turno.


Por que a Humanidade não consegue ir além da Democracia Representativa? A CRISE DA REPRESENTAÇÃO (se algum dia houve) se tornou crônica: Não é o VOTO que define atuação do "REPRESENTANTE". É o 'FINANCIADOR DA SUA ELEIÇÃO"....

Há muitas pessoas que diriam que a pessoa média não pode votar diretamente em uma questão, e que precisa ser representada por pessoas melhor qualificadas.

Defendo que a maioria das pessoas  "qualificadas" tendem a ser aquelas que desejam usar uma  posição obtida por eleição para consolidar uma posição de poder para si próprios. Tais pessoas são inerentemente motivadas por razões egoístas, são representantes pobres, especialmente quando a população tem o   meio (a Internet) para estudar os problemas e representar a si mesma em cada questão individual em que se sentir interessada



De: Claudio Estevam Prospero
Enviada em: quinta-feira, 24 de maio de 2012 14:12
Assunto: [SINAPSES] Por que a Humanidade não consegue ir além da Democracia Representativa? A CRISE DA REPRESENTAÇÃO (se algum dia houve) se tornou crônica: Não é o VOTO que define atuação do "REPRESENTANTE". É o 'FINANCIADOR DA SUA ELEIÇÃO"....

Dentre as propostas para aperfeiçoar a Democracia, uma que tenho analisado e convidado a explorarmos, ELIMINA O MECANISMO DA REPRESENTAÇÃO(O OVO DA SERPENTE) DEVOLVENDO O PODER AO POVO:

Proposta de cultivo conceitual de uma outra política (com lógica de crowdsourcing, da política Wiki):

Esta página é um espaço para discussão sobre "Internetocracia" , algo como Democracia intensificada pela WEB...

3 maio 2012 ... A Era que está Nascendo: da Internetocracia (1a. parte).

6 dias atrás ... Um Internetocracia não pode existir em qualquer nação industrializada hoje porque suas constituições não vão apoiá-la. Isso porque a ...


Os argumentos contra a Internetocracia
Há muitas pessoas que diriam que a pessoa média não pode votar diretamente em uma questão, e que precisa ser representada por pessoas melhor qualificadas.

Defendo que a maioria das pessoas  "qualificadas" tendem a ser aquelas que desejam usar uma  posição obtida por eleição para consolidar uma posição de poder para si próprios. Tais pessoas são inerentemente motivadas por razões egoístas, são representantes pobres, especialmente quando a população tem o   meio (a Internet) para estudar os problemas e representar a si mesma em cada questão individual em que se sentir interessada.


Os representantes hoje eleitos, para fazer leis, seriam substituídos por funcionários escolhidos que serviriam como conselheiros para seus eleitores. Eles não iriam decidir o destino de novos projetos de lei. Eles apenas forneceriam conselhos especializados para seus eleitores e permitiriam as massas que decidam por si próprios.

Há também aqueles que argumentam que a tecnologia pode ser manipulada. São, provavelmente, as mesmas vozes que alegaram que o Internet Banking [operações bancárias pela WEB] não seria possível, porque a Internet nunca poderia ser segura o suficiente para manipular riqueza. O que, obviamente, tem se provado ser falso.

A título de comparação, se bilhões de dólares podem ser movimentados, diariamente, na Internet, o meio é seguro o suficiente para facilitar a votação direta sobre a nova legislação a nível das bases.

Uma série de críticas específicas serão analisadas, mais adiante, neste livro.



Trecho acima extraído de:

Terça-feira, 16 de outubro de 2012

A Era que está Nascendo: da Internetocracia (3a. parte) - Os argumentos contra e suas refutações

       http://poltica20-yeswikican.blogspot.com.br/2012/10/os-argumentos-contra-internetocracia-ha.html


The Coming Age of Internetocracy (2nd Edition) -  A Era que está Nascendo da Internetocracia

O texto de 65 páginas pode ser baixado a partir de:

Tradução – Parte 3  (páginas 31 a 54)


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Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero 
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