O Cristo crucificado, por Diego Velázquez (Sexta-Feira Santa - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)
Bento XVI: se Jesus não era um revolucionário, por que os PODEROSOS da sua época (ROMA E SINÉDRIO) o perseguiram e mataram, a ele e aos seus seguidores? [1]
Por que o Império Romano, um dos mais poderosos que a Humanidade já conheceu, perseguiu, impiedosamente, os cristãos por 380 anos ? (Em 380 a religião católica foi declarada como religião de estado exclusiva do Império Romano.[2])
[1] Bento XVI medita sobre Paixão e Morte de Jesus em seu livro
Da Redação, com Agência Ecclesia
Trecho
Mais adiante, o livro assinala que o julgamento que levou à morte de Cristo foi político e denota a ambiguidade do governador romano, Pôncio Pilatos.
“Depois do interrogatório, ficou claro para Pilatos aquilo que, em princípio, ele já sabia antes: aquele Jesus não era um revolucionário político, a sua mensagem e o seu comportamento não constituíam um perigo para a dominação romana”, escreve Joseph Ratzinger.
Bento XVI sublinha que o Evangelho de João é o único que se refere ao diálogo entre Jesus e Pilatos, “no qual é apresentada, em toda a sua profundidade, a questão da realeza de Jesus, do motivo da sua morte”.
“A reivindicação da realeza messiânica era um delito político que devia ser punido pela justiça romana”, recorda, ao destacar que um rei sem legitimação de Roma era um rebelde que ameaçava a pax romana e, consequentemente, se tornava “réu de morte”.
O novo volume da obra de Bento XVI sobre defende, por outro lado, que a condenação de Cristo à morte não pode ser imputada aos judeus, mas à "aristocracia do templo" de Jerusalém, no século I.
“No quarto Evangelho (segundo São João), o círculo dos acusadores que pretendem a morte de Jesus é descrito com precisão e claramente limitado: trata-se precisamente da aristocracia do templo” de Jerusalém, indica.
Por fim, Bento XVI declara que Jesus não quis iniciar uma “revolução política” em Israel e que a “morte de outros em nome de Deus não correspondia ao seu modo de ser”.
Em minha opinião Jesus, e aqueles que o seguem, eram, e continuam sendo, muito mais perigosos, para os poderosos não legítimos, do que os que se rebelam em armas:
Jesus trazia conceitos que são revolucionários em qualquer local e tempo: Fraternidade, Igualdade e Liberdade como direitos de TODOS os filhos de um único pai amoroso (Ama a Deus sobre todas as coisas e a teus irmãos como a ti mesmo). Algo intolerável para poderes seculares que validam sua autoridade na crueldade, na superioridade (intelectual, militar, revelada, etc.) de uns sobre os outros, na escravidão dos conquistados para manter o luxo / luxúria dos conquistadores. E assim havia sido, seria, e ainda é, na história dos povos. Principalmente dos hebreus e dos romanos, duas raças de conquistadores cruéis para com quem se opusesse aos seus "direitos" da Terra Prometida, da Pax Romana e da Santa Inquisição. Basta ler o Velho Testamento, para os hebreus. E a história de Roma (República, Império e Idade Média).
O Amor e a Inteligência continuam sendo as únicas vacinas eficazes contra a Violência.
E, assim, temidos por todos os que oprimem outras pessoas.
Jesus e seus apóstolos, com inteligência, carisma e empatia pelos subjugados - física, intelectual ou psicológicamente - foram os animadores de poderosas Redes Sociais. Em uma época em que não havia Mídias Sociais (exemplos: Facebook, Orkut, Twitter, etc.). Através do boca a boca, das viagens apostólicas, dos sermões, na Galiléia e depois por todo o mundo conhecido da época, criaram as raízes do Cristianismo. Que resiste, apesar de todas as iniciativas de cooptação e corrupção, promovidas pelos interesses que se beneficiam do conflito, do egoísmo, da intolerância, do ódio e de tudo que impede a Humanidade de realizar o reino do amor, da paz, da solidariedade
Mas a realidade de sua mensagem e, principalmente, seu exemplo pessoal - contra todas as intimidações, provocações e violências - de fidelidade às idéias e sentimentos que plantaram nas "estufas" de seus corações e daí multiplicaram para muitas outras pessoas, abrem frestas de luz e verdade em todos os muros de corrupção, medo e mentira que se constrói para impedir o Império do Amor, o Reino do Pai, para todos os Seres, aqui e agora. E não em um postergado futuro, em um paraíso após a morte.
Clemente I, considerado o primeiro pai da Igreja e quarto bispo de Roma.
Por Tiepolo, na National Gallery deLondres.
Quinta-feira, 21 de abril de 2011, 10h16
[1] O Cristianismo se transforma de inimigo do Império Romano, pela palavra, em religião oficial do Estado, uma instituição: a origem da Igreja Católica Apostólica Romana como principal PODER SECULAR da Europa Medieval. Legitimadora do Imperador de Roma e dos Reis por direito divino (as Monarquias Cristãs).
Papa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.(...)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Cristianismo primitivo (c. 30-325)
Com a publicação da Édito de Milão em 313 foi concedido liberdade para todas as religiões no Império Romano,[76] iniciando-se a Paz na Igreja. Em 325 oPrimeiro Concílio de Niceia condena o arianismo, e dogmatiza o trinitarismo, oficializando também em seu cânon sexto os poderes especiais de Roma, assim como Alexandria e Antioquia.[77] Os papas foram grandes defensores da fé trinitária, como Libério, exilado em Beréia pelo imperador Constâncio II, devido a sua posição nessa matéria,[78] e Dâmaso I que depôs diversos bispos relacionados ao arianismo.[79]
Em 380 a religião católica foi declarada como religião de estado exclusiva do Império Romano.[80][81] Enquanto no Oriente o poder civil controlou a Igreja e o bispo de Constantinopla baseava seu poder no fato de ser bispo da capital e por ser um homem de confiança do Imperador,[82] no Ocidente o bispo de Roma pôde consolidar a influência e o poder que já possuía.[82] Após a queda do Império Romano do Ocidente, as tribos bárbaras se converteram ao arianismo ou ao catolicismo,[83] quando o rei dos francos Clóvis I converteu-se ao catolicismo, aliando-se assim com o papado e os mosteiros, outras tribos como os visigodos seguiram seu exemplo.[83]
O Papa Gregório, o Grande (c 540-604) representa teologicamente a mudança da perspectiva clássica para a medieval, seus escritos tratam sobre demonologia, angelologia, escatologia e etc.[30] Gregório também iniciou reformas administrativas e organizou missões para evangelizar a Grã-Bretanha.[62] No século VIII a iconoclastia (destruição de imagens religiosas), patrocinada pelos imperadores bizantinos, tornou-se um conflito entre os papas e a Igreja Oriental.[84] Nessa mesma época, buscando proteção contra os lombardos, o Papa Estevão II apelou para os francos para proteger a Igreja,[30] Pepino, o Breve subjugou os lombardos e doou terras italianas ao papa, formando os Estados Pontifícios.[30] Quando o Papa Leão III coroou Carlos Magno (800), os próximos imperadores passaram a ser ungidos por um papa,[30] como demonstração de fidelidade e respeito a Igreja.
No século X os papas envolveram-se em lutas com diversas facções políticas,[30] e em alguns casos foram assassinados ou depostos.[30] Do século V ao XI foram numerosas as rupturas seguidas de reconciliação entre as igrejas do Ocidente e Oriente,[85] provocadas por diferenças entre elas tais como a processão do Espírito Santo (cláusula filioque), o governo eclesiástico (pentarquia e primazia papal), o celibato clerical, o purgatório e outras questões doutrinárias e disciplinares.[86] Em 1054, os legados romanos do Papa Leão IX viajaram para Constantinopla para insistir no reconhecimento da primazia papal,[87] mas o patriarca de Constantinopla se recusou a reconhecer a autoridade papal[88] e se excomungaram mutuamente.[87] Posteriormente a este acontecimento, a separação entre Ocidente e Oriente se desenvolveu quando todos os outros patriarcas orientais apoiaram Constantinopla,[89] dando origem ao Grande Cisma.
Ver também: