terça-feira, 20 de novembro de 2018

Pós Verdade: a Contribuição das Esquerdas => Corrupção de Significados, Fake News, etc.



Um dos exemplos de como As Esquerdas estão participando do Processo de Desconstrução da Maior - Dentre Nossas Ferramentas / Tecnologias - que Nos Fez a Espécie Dominante do Planeta

a Linguagem e a Capacidade que nos deu de "união, por Mitos / Narrativas / Tradições, Criadas e Compartilhadas em Grupos Cada vez Maiores".

SAIBA MAIS: 
Lições de história do maior best-seller da atualidade
Há anos nas listas de livros mais vendidos em todo o mundo, ‘Sapiens’ explica por que é fundamental questionar mitos e fazer perguntas difíceis  

Um bom motivo para se estudar história é:
#Democracia,  #Fascismos,   #Fundamentalismos,  #HarariYuval,  #História,  #Humanismo,  #Liberalismo,  #Nacionalismos,  #Nazismo,  #Sapiens 
https://poltica20-yeswikican.blogspot.com/2018/10/para-que-serve-historia-na-economia.html

Por consequência, para nossa Espécie Sobreviver e Prosperar - em Sociedade Global, como JÁ SOMOS (cultural, econômica, politica, socialmente, etc.)  PRECISAMOS EVOLUIR DE:
(Abandonar este uso da Tecnologia da Revolução Cognitiva:)
Mitos, Narrativas, Tradições, etc. que Agregam Humanos em Grupos Ideológicos, Nacionais ( ou de Federações de Nações (Ex.: Blocos Econômicos)), Religiosos, etc.
PARA:
Mitos, Narrativas, Tradições, etc. que Agreguem TODA A HUMANIDADE 
À CAMINHO DE:
Mitos, Narrativas, Tradições, etc. que Agreguem TODA A VIDA
ATÉ:
(Chegarmos ao Próximo Passo:)
Mitos, Narrativas, Tradições, etc. que Agreguem TODO O  UNIVERSO
E ALÉM: ????





Para colaborar neste processo de aprendizagem:


Nazistas: um guia de campo moderno

escrito por Jonathan Kay - Publicado em 31 de outubro de 2018




No outono de 1943, quando as tropas americanas estavam avançando para o norte pela Itália, os comandantes norte-americanos estavam fazendo o melhor que podiam para resolver um problema básico da inteligência militar: as tropas no campo não podiam distinguir diferentes tipos de tropas e armas alemãs.

Isso poderia ter consequências para a vida ou a morte: um esquadrão americano armado com uma bazuca poderia ficar de pé contra um [N.T.: halftrack - pequeno caminhão?] parcialmente blindado, mas tinha poucas chances de ferir os tanques alemães mais pesados. Da mesma forma, os soldados tinham que ser mais cuidadosos quando lutavam contra as unidades de infantaria alemãs de elite, do que com os recrutas e prisioneiros armados, da frente oriental, que a Wehrmacht lançava em campo conforme o conflito se desenvolvia. E assim o Departamento de Guerra, dos EUA, produziu um livro de 400 páginas intituladas Manual sobre Forças Militares Alemãs, com o objetivo de dar aos oficiais e soldados “uma melhor compreensão de seu principal inimigo”. Um conjunto de imagens coloridas dentro do livro. estilos e poses, desde o estilo de uniforme Continental, visto na maioria dos filmes de guerra, os uniformes tropicais (que incluíam shorts), até roupas de inverno para tropas. Uma edição atualizada desse manual foi publicada no início de 1945. Mas então a guerra terminou alguns meses depois, e os livros foram descontinuados: a máquina de guerra que o Manual das Forças Armadas Alemãs descreveu não existia mais.

Mas agora, mais de 70 anos após a queda de Berlim e a morte de Adolf Hitler, pode ser a hora de um novo tipo de guia de campo nazista. Por um lado, estamos atormentados por homens: como Robert Bowers, que supostamente cometeu assassinato em massa, em uma sinagoga de Pittsburgh, depois de postar, explicitamente, mensagens antissemitas em um site conhecido por ser um paraíso para os auto descritos neo-Nazistas e negadores do Holocausto. Por outro lado, a Internet está agora tão cheia de alusões espúrias à ideologia nazista que o termo corre o risco de perder todo o sentido.

Em mídias sociais, especialmente, “Nazi” tornou-se uma espécie de rótulo de quatro letras sinônimo de “direita – alternativa”, que ela agora se estende preguiçosamente para “conservadores” ou “de direita”. Assim, mesmo um político ou comentarista que esteja, levemente, à direita do centro, fica em perigo de ser caluniado como um “Nazi” por pessoas que não conseguiriam encontrar a Alemanha em um mapa ou nomear uma única grande batalha da Segunda Guerra Mundial.

E assim, no espírito do Manual das Forças Armadas Alemãs, ofereço aos leitores este breve guia de campo para os vários tipos de “nazistas” que habitam o mundo de 2018.


1. Nazistas Reais
O nome completo do partido nazista era Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, ou Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, que adotou a sigla oficial NSDAP. A palavra “nazista” era um termo de abuso popularizado pelos oponentes de Hitler, uma vez que derivado de um termo condescendente usado para descrever caipiras bávaros. Ou seja, os nazistas reais da pré Segunda Guerra Mundial e da Segunda Guerra Mundial quase nunca foram referidos como “nazistas”.


Estantes de livros inteiras poderiam ser preenchidas com tomos sobre os detalhes da ideologia nazista. Mas, em última análise, o que é importante para nossos propósitos é que a Alemanha nazista era um estado policial totalitário comandado por Hitler - e assim a ideologia nazista era o que quer que Hitler dissesse que fosse em qualquer momento dado. Como Joseph Stalin e os comunistas totalitários, Hitler mudaria sua ideologia de acordo com as circunstâncias. Mas no núcleo de seu sistema de crenças estavam os preceitos de ódio contidos no Mein Kampf (um bombástico e repetitivo livro, de 1925, que uma vez fui obrigado a ler, como pesquisa para um livro sobre teorias da conspiração) e seus discursos. Hitler chegou a ver a raça alemã como existente no auge do desenvolvimento humano, no topo de uma hierarquia racial imaginada, que surgiu de pseudociência. Ele adaptaria, de forma macabra, teorias emergentes, da medicina e de higiene para, metaforicamente, caracterizar os judeus como uma espécie de peste, cujo extermínio era necessário para salvaguardar a saúde da sociedade. Os nazistas conseguiram matar 6 milhões de judeus e iniciaram uma guerra que exigiria mais de 70 milhões de vidas. Por estas razões, entre muitos outras, o nazismo é apropriadamente entendido como um sinônimo da maldade humana.

Um verdadeiro nazista - ou, se preferir, “nazista literal” - era alguém que (se o regime sobrevivesse tempo suficiente) apoiaria ou executaria o esforço liderado pelos alemães, sob Hitler, para dominar a Eurásia através de um sistema belicista e totalitário de governo, justificado pela supremacia racial genocida. Muito poucos dos nazistas reais que sobreviveram ao fim do regime nazista ainda estão vivos hoje, e menos ainda expressariam a persistente adesão à ideologia nazista. Além disso, toda a arquitetura da ideologia nazista foi baseada na formação de um movimento político alemão dominante e viável, orientado para a criação de um estado prisional de supremacia branca conquistador do mundo. Felizmente, esse movimento não existe. O que significa que nazistas reais estão efetivamente extintos.
2. Nazista em potencial
Um aspirante a nazista é uma pessoa moderna que compreende e aprecia a natureza verdadeira e maligna da ideologia nazista – como historicamente se manifestou nas décadas de 1930 e 1940 – e ainda coloca essa ideologia como um modelo para a ação política. Ou seja, seria um nazista alguém que queira implementar um programa totalitário de dominação mundial, cite a pseudociência racista como um princípio organizador fundamental de sua visão de mundo e defenda o extermínio sistemático de judeus e outros povos, imaginados como inferiores. Confesso que nunca conheci tal indivíduo. Mas sem dúvida, eles devem existir.



3. Apologistas dos nazistas
Um apologista dos nazistas é alguém que não é nazista de verdade, e não é nazista em potencial, mas procura contextualizar os horrores infligidos ao mundo por Hitler por meio do conceito de cálculo utilitarista. Embora o apologista dos nazistas geralmente não defenda o Holocausto ou os outros horrores definidores infligidos pelos nazistas, ele pode tentar caracterizar os Nazistas como um mal menor, quando comparado ao flagelo do comunismo, do “capitalismo judaico” ou o horror imaginado do blutschande (mistura de sangue). A piada sombria do antissemita insidioso que observa com aprovação que Hitler “fez os trens rodarem na hora certa” é um exemplo do apologista dos nazistas.



4. Neo Nazistas / Falsos Nazistas
Esta é uma categoria ampla, que abrange indivíduos que buscam adaptar, emprestar ou venerar elementos selecionados da ideologia nazista como meios para promover sua própria agenda racista ou antissemita. Como sou judeu, tenho sido periodicamente visado (sempre, como se viu, inofensivamente) por neo Nazistas autonomeados, em sites obscuros e tópicos de mídia social. Eu também entrevistei neonazistas como parte da minha pesquisa sobre conspiração. O neo Nazista médio que conheci é ignorante sobre a história real do movimento nazista (e da história em geral). Muitos neo Nazistas vão fixar-se nos aspectos fortemente teatrais do nazismo, tais como as saudações, uniformes, condecorações militares, bem como as nomenclaturas e honrarias que foram usadas para descrever Hitler e outros oficiais nazistas famosos. (Em alguns casos, isso parece estar ligado a fixações sexualmente reprimidas, embora eu não tenha conhecimento se este fenômeno tenha sido sistematicamente estudado). As dinâmicas sociais e organizacionais instáveis de grupos neonazistas sugerem que eles são preenchidos, em grande parte, por personalidades conturbadas e, muitas vezes, psiquiatricamente instáveis.

Eu às vezes uso o termo “falso Nazista” de forma intercambiável com o neo Nazista porque ativistas nesta categoria, apesar de seus sentimentos de ódio e homenagem ostensiva à tradição nazista, na realidade tendem a negar explicitamente um elemento central da ideologia – especificamente o fato histórico do Holocausto. Um exemplo proeminente seria o Canadense Germânico negador do Holocausto, Ernst Zündel, que distribuiu panfletos com nomes como: Hitler Que Nós Amamos e Porque, e acreditava que Hitler e outros nazistas seniores escaparam para a Antártida, onde desenvolveram armas secretas e reconstruíram seu movimento. Como muitos antissemitas classificados sob o título “neo Nazista”, Zündel descaracterizou, fantasticamente, o movimento nazista que buscava reabilitar.


5. Nazistas Teatrais
Quando eu estava no ensino médio, havia um estudante perturbado que gostava de esculpir suásticas em mesas. Onde eu encontrasse suas suásticas, eu as alteraria de modo a transformar o símbolo em uma caixa dividida em quatro seções. E isso se tornaria uma espécie de jogo entre nós até que ele desistiu e começou a se restabelecer como um gótico apolítico. Quando ambos envelhecemos, perguntei-lhe sobre a fixação da suástica, e ele confessou que, na época, ele realmente sabia muito pouco sobre os nazistas, mas tinha determinado (corretamente) que a postura como um defensor do nazismo era um caminho certo para atrair a atenção. Este é um exemplo de alguém que não é nazista em nenhum sentido substantivo, exceto que ele entendia que o simbolismo nazista era chocante. Se tivesse conseguido o mesmo efeito esboçando o martelo e a foice soviéticos, ou pentagramas, ele os teria feito também.


6. Não Nazistas
Como observado anteriormente, há uma tendência infeliz para confundir todo tipo de pensamento conservador (ou populista) sob o rótulo de “Nazista”. Este uso, historicamente incorreto, é dirigido, comumente, por exemplo, à comentaristas ou políticos que buscam limitar a imigração ou promulgar políticas voltadas para a assimilação cultural de estrangeiros. (Isto incluiria o presidente norte-americano Donald Trump, que muitas vezes fala coisas fóbicas, falsas e odiosas sobre os muçulmanos e imigrantes mexicanos.) Em alguns casos, alega-se que estes comportamentos Não Nazistas expostos sugerem serem Nazistas em embrião – porque “foi assim que os Nazistas começaram.”

Mas, por mais ofensivo, perigoso e intimidador que essas figuras possam ser, eles, geralmente, têm pouca conexão real com o conjunto de ideias que o Nazismo veio a representar. Isso porque os nazistas que queimaram a Europa não procuraram assimilar ou expulsar os chamados povos “inferiores”. Eles procuraram escravizá-los ou aniquilá-los.

A essência do nazismo veio a ser que o valor moral de um humano é codificado em seu sangue de acordo com a hierarquia das raças. O que significava que os alemães tinham uma responsabilidade imaginada de ir para terras estrangeiras e realizar atos de assassinato para seu próprio benefício. Judeus, em particular, foram comparados a parasitas e bactérias – criaturas a serem exterminadas, não assimiladas. É por isso que Hitler colocou judeus em campos de concentração onde poderiam ser mortos em massa, ou foram caçados nas aldeias da Europa Oriental, por Einsatzgruppen.

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A história está cheia de massacres genocidas. Nos tempos antigos, era perfeitamente normal que exércitos invasores aniquilassem cidades inteiras. Mas o regime nazista foi o primeiro a usar métodos industriais e modernas técnicas de propaganda para expandir esse mal antigo em algo parecido em uma linha de montagem fabril, em larga escala. É essa combinação de barbarismo antigo e métodos modernos que fez do nazismo a mais desprezada ideologia conhecida no léxico político moderno.

O Nazismo também distinguiu-se historicamente porque os atos genocidas se realizaram em uma época durante a qual a fotografia estava em uso generalizado. E os povos da Europa estavam, quase universalmente, alfabetizados. Exércitos medievais deixaram apenas ruínas e cadáveres. 

Mas os Nazistas e suas vítimas nos legaram para um arquivo multimídia – do Triunfo da Vontade, de Leni Riefenstahl, ao diário de Anne Frank. Nós sabemos como os nazistas se pareciam e soavam. Nós sabemos como eles marcharam, batalharam, massacraram e morreram. Mesmo os genocídios que ocorreram muito mais tarde, no século 20, tais como as atrocidades de Pol Pot, no Camboja, e do Genocídio Ruandês, de 1994, não são tão ricamente documentados.

Esse aspecto da história Nazista é útil para pesquisadores. Mas há um lado mais sombrio disso, também: a invulgarmente rica coleção de fotos, noticiários, livros, ideias, personalidades e citações que emergiram do período Nazista é tal que qualquer um que procura atacar seus inimigos, por “colheita de similaridades”, na história, pode, usualmente, encontrar alguma imagem perdida ou conjunto de palavras, do registro histórico nazista, que se alinha, de alguma forma, com o objeto de ataque. 

George W. Bush foi comparado a Hitler, por alguns liberais, quando ele invadiu o Iraque. 

Barack Obama foi comparado com Hitler, por alguns conservadores, que alegaram que o Affordable Care Act ("Obamacare") tornou mandatório o uso de “painéis da morte” (1). Tome suficientes fotos de uma pessoa exercendo suas atividades diárias, e você acabará por obter um grupo delas fazendo algo que parece, vagamente, uma saudação nazista.

De fato, há um incentivo perverso para os ativistas modernos imaginarem que nós habitamos uma época em que os nazistas são poderosos e ascendente, porque esta presunção dá grandeza moral ao seu próprio ativismo: permite-lhes se posicionarem como herdeiros morais da Resistência Francesa ou os mártires da Revolta do Gueto de Varsóvia ou os Exércitos Aliados que derrotaram a Ameaça Nazista.

Às vezes, os supostos Nazistas que são alvos destes ataques verbais espúrias, se eles são descontentes excêntricos ou necessitados patológicos de atenção, vai até provocar tais comparações por festejar em suas mídias sociais com símbolos Nazistas, promessas ou vagamente compreendidos 'non sequiturs' obtidos a partir de fontes Nazistas. (Um exemplo proeminente, no Canadá, seria a YouTuber marginal e antiga candidata à prefeitura, Faith Goldy.)

Esses indivíduos são ofensivos, ignorantes e muitas vezes psicologicamente perturbados. Às vezes
são genuinamente perigosos ou até se envolvem em atos de assassinato. Mas, daí a imaginar que
eles são “Nazistas” é quase invariavelmente errado – mesmo que eles usam aqueles termos, eles
mesmos – como um meio para tomar emprestado a grandeza histórica para seus atos vis e
macabros. O que eu escrevi aqui irá, espero, desencorajar distorções tão grosseiras da linguagem.
Mas também convido os leitores a fazer suas próprias pesquisas, para que possam se instruir sobre
esse singular capítulo sombrio da história da humanidade.

Jonathan Kay é editor canadense da Quillette. Siga-o no Twitter em @jonkay.


(1) [N.T.: Quando chegar o tempo na vida de qualquer pessoa em que sua “Qualidade de Vida” não possa ser mantida em um “nível adequado”, essa pessoa precisa estar disposta a morrer. O termo “Vivendo uma vida indigna de ser vivida” tornou-se uma expressão código para “morrer”].


Criador do Sistema Público de Saúde - "ObamaCare" - Revela Que o Verdadeiro Objetivo É
Matar as Pessoas aos 75 Anos de Idade

O Dr. Ezekiel Emanuel também deu o primeiro passo no “Plano das Seis Etapas para a Mudança de
Atitudes” com suas controversas declarações. Agora, o processo das seis etapas pode ter início para
sistematicamente condicionar a população a aceitar esse objetivo genocida.

A Nova Ordem Mundial está chegando! Você está preparado?

Compreendendo o que realmente é essa Nova Ordem Mundial, e como está sendo implementada
gradualmente, você poderá ver o progresso dela nas notícias do dia-a-dia!!
Aprenda a proteger a si mesmo e aos seus amados!
Após ler nossos artigos, você nunca mais verá as notícias da mesma forma.

Agora você está na

"THE CUTTING EDGE"

Barack Obama = Adolf Hitler

ObamaCare = Programa Genocida Nazista

É possível que as duas equações acima sejam realmente verdadeiras? Adolf Hitler frequentemente referenciava a si mesmo como o “lobo”. O temido lobo ocultista de Hitler está de volta. Mas, ele veste uma capa de compaixão pelos pobres e por aqueles que não têm plano de saúde! Escondido logo abaixo da superfície do ObamaCare está o furioso e faminto lobo satânico tão temido por toda a Europa e pelo mundo durante o período de governo de Adolf Hitler.

O Programa Genocida Nazista estava baseado em alguns princípios:  (...)



Encontrei o texto, acima traduzido, em pesquisas após ler:


O 'BOLSONARISMO' É UM FASCISMO?   [03/11/2018]

Trechos:

(...) O fascismo é uma ideologia e um movimento político surgido na década de 1920, na Europa, em meio à destruição da Primeira Guerra Mundial e a crise da democracia liberal. Movimentos fascistas despontaram em diversos países daquele continente – primeiro na Itália, onde o movimento ganhou seu nome; depois, na Alemanha, Espanha, Portugal, Áustria, Hungria, Croácia, Romênia... E também em países de outros continentes, inclusive o Brasil, com o integralismo. Se conseguirmos discernir as características em comum desses movimentos, suas ideias, táticas e estratégias e o contexto social, político e histórico de seu aparecimento, seremos capazes de chegar a uma teoria geral do fascismo, capaz inclusive de responder a uma questão que ainda hoje divide especialistas: o fascismo é um movimento específico das décadas de 1920 e 1930, ou ainda é possível no mundo contemporâneo? (...)

(...) 2. NOTA HISTORIOGRÁFICA
A noção de que a história não se repete (ou a anedota de que só se repete como farsa) é fundamentalmente anticientífica. A ciência é a busca de padrões na natureza, padrões que nos ajudem a antecipar o futuro, de modo que estejamos melhor preparados para lidar com os seus desafios, quando se apresentarem, sejam estes doenças, tempestades ou fenômenos políticos.

Sem uma abordagem científica, a história não passa de um apanhado de meras curiosidades ou a simples construção de uma narrativa. Negar a cientificidade da disciplina da história é negar sua relevância para compreender o nosso mundo e o que podemos aprender do passado para extrair lições para o futuro.

Por outro lado, o estudo historiográfico do fascismo ou de qualquer outro fenômeno social não pode partir de uma percepção estática da história, de que um fenômeno se repetirá sempre exatamente da mesma forma, ou estaremos diante de um fenômeno inteiramente novo. Esta visão estática é geralmente reproduzida como um antídoto ao anacronismo, um pecado capital para todo historiador. Não obstante, é ela mesma uma visão a-histórica e anacrônica: ignora o dinamismo dos fenômenos sociais tanto quanto a possibilidade de  que as circunstâncias geradoras dos mesmos, com adaptações no tempo e no espaço, possam levar a resultados semelhantes. (...)

(...)  3. CARACTERÍSTICAS DO FASCISMO
Segundo o sociólogo Michael Mann (2008: 26-31), todo movimento fascista tem cinco características em comum:

Nacionalismo: o objetivo máximo de sua política é a grandeza da nação. Sua visão de nação é orgânica, ou seja, nela, todos têm uma função que deve ser observada. Isto implica que a hierarquia social deve ser estritamente imposta e respeitada, ao passo que a diversidade de valores, de pensamento, de modos de vida, não serão toleradas.

Estatismo: o Estado, como representante da nação, deve controlar todos os aspectos da vida, e deve ser fielmente obedecido – o Estado fascista é necessariamente autoritário. A figura do líder tem papel destacado, o que acaba levando ao culto da sua personalidade.

Transcendência: o ideal da nação, representada pelo Estado e personificada no líder, deve unir todos os cidadãos. Os indivíduos se realizam através da nação, não de si mesmos ou de qualquer identidade distinta. Não há espaço para a individualidade, nem para os conflitos sociais ou de classe.

Violência: a violência é o método para lidar com aqueles que divergem ou desviam da norma. Eles devem ser reprimidos ou eliminados. Ela também será aplicada contra aqueles que não pertencem à nação, e de alguma forma são vistos como uma ameaça, como os membros de outra etnia, caso dos judeus na Alemanha nazista.

Para militarismo: os fascistas não usavam apenas a polícia e o exército, como faria um governo autoritário comum. Eles organizavam-se paramilitarmente para tomar o poder do Estado e combater e intimidar seus inimigos. Na Alemanha, por exemplo, o Partido Nazista possuiu duas organizações paramilitares: as SA, depois substituída pelas SS. Sua função era fazer a segurança do partido e a confrontar seus inimigos. O Estado alemão, temeroso do avanço do comunismo, tolerava este para militarismo, embora ele fosse ilegal. Na Itália, as milícias fascistas combatiam os socialistas no campo e, com este fim, eram incentivadas pelos latifundiários italianos.

O historiador Robert Paxton (2008: 41-2) destaca outras características dos movimentos fascistas, dentre as quais pode-se destacar: o nacionalismo; o culto ao líder que encarna o “destino da nação”; o anti-intelectualismo e a exaltação dos instintos; o temor das forças disruptivas que ameaçam a nação com a sua decadência, ou até mesmo destruição, pela ação da esquerda e do “comunismo”, das vanguardas estéticas, dos inimigos internos e externos, da democracia liberal, do individualismo e de toda doutrina que ameaçasse a coesão nacional; este medo leva a um anseio de salvação e unificação nacional, uma purificação da nação contra os inimigos internos, que admite o uso da violência, como um recurso político aceitável e até louvável – a violência é “bela”; a aversão às minorias, seja porque ameaçam a unidade da nação, seja porque são “impuras”.

É importante ressaltar que o nacionalismo fascista não é nem exclusivamente, nem mesmo eminentemente econômico, mas sim étnico e cultural: enfatiza a união nacional e os valores necessários para promovê-la. Ele é movido a exortações patrióticas e esforços para exaltar e resgatar a grandeza de uma nação, e combater os fatores e sujeitos que contribuem para sua decadência.

Por fim, o fascismo é um movimento de massas, característica que o distingue de outros movimentos da direita tradicional

4. COMO OS FASCISTAS CHEGAM AO PODER?   (...)

LEIA MAIS:

https://www.codemy.me/publicacoes/o-bolsonarismo-%C3%A9-um-fascismo



VER TAMBÉM:

"privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário.
E agora não contente querem privatizar o conhecimento,
a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence." (Bertold Brecht)
O Codemy é uma cooperativa de plataforma acadêmica que reúne professores e pesquisadores qualificados em diversas áreas do conhecimentos científico. Somos profissionais autônomos e trabalhamos em rede oferecendo serviços online de ensino, pesquisa, orientação, tradução, revisão, etc. Os cursos e eventos podem ser gratuitos, pagos ou colaborativos.


Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo.“ (Michel Foucault)

 Nossa missão
 - Democratização do conhecimento científico proporcionando conteúdo denso e rigor acadêmico para todos os interessados, estudantes de universidades, escolas, profissionais ou curiosos.

 - Desenvolver nos alunos a capacidade e a iniciativa de buscar por si mesmo novos conhecimentos, a autonomia intelectual e a liberdade de pensamento e de expressão.

 - Organização da cooperação do trabalho de professores e pesquisadores precarizados por instituições de ensino, proporcionando renda pela prestação de serviços autônomos, sem exploração.



Primeira Aula - Introdução ao Pensamento de Hannah Arendt - Origens do Totalitarismo - 08/11/2018

Parte 1 /8 - 4':04''     https://www.youtube.com/watch?v=vwY3AEGN948

Parte 2 / 8 - 5':19''    https://www.youtube.com/watch?v=uIthvB-4Klw&feature=youtu.be

Parte 4 /8 - 10':26''   https://www.youtube.com/watch?v=oqbdMhQxFqE


Parte 5 /8 - 11':23''   https://www.youtube.com/watch?v=k5UEGJHhs6g


Parte 6 /8 - 17':29''   https://www.youtube.com/watch?v=9MG6GokjHMI

Parte 7 /8 - 20':58''   https://www.youtube.com/watch?v=yGCE8qzPFG4

Parte 8 /8 - 41':48''   https://www.youtube.com/watch?v=8QfPfHFyu2k





As inscrições podem ser feitas no link: 




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