sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Em busca da Política - Zygmunt Bauman - O melhor amigo do mal, lembra Bauman, é justamente a banalidade. E a banalidade tem a rotina, o conformismo e a resignação como aliados estratégicos.



“Nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar ou deixa que essa arte caia em desuso pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem”, resume. E o caminho para reverter esse quadro, propõe, passa necessariamente pela ação coletiva, pela política com “P” maiúsculo. O ponto central de seu livro é que “a liberdade individual só pode ser produto do trabalho coletivo, só pode ser assegurada e garantida coletivamente”.

Neste momento, estamos caminhando exatamente no sentido contrário, ou seja, no caminho da privatização dos meios de assegurar algo que possamos chamar de liberdade individual. “Se isso é uma terapia para os males atuais, é um tratamento fadado a produzir doenças iatrogênicas dos tipos mais sinistros e atrozes (destacando-se a pobreza em massa, a superfluidade social e o medo ambiente)”.

Estamos caminhando rapidamente nesta direção, com a cumplicidade escandalosa da maioria dos políticos, dos meios de comunicação e de uma boa parcela da intelectualidade. A qualidade constrangedora do debate político atual, a superficialidade, a banalidade, o culto às fofocas e às picuinhas e o sensacionalismo que caracteriza a cobertura midiática deste debate só contribui para acelerar a velocidade dessa disparada ladeira abaixo.

O melhor amigo do mal, lembra Bauman, é justamente a banalidade. E a banalidade tem a rotina, o conformismo e a resignação como aliados estratégicos.



forças conspiram com a apatia política para recusar alvarás para a construção de novos espaços.



http://www.pvbahia.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=93:em-busca-da-politica-zygmunt-bauman&catid=67:jpv-recomenda&Itemid=129

O liberalismo reduziu-se ao credo de que não há alternativa e a esquerda vem se curvando progressivamente a ele. Isso ameaça a sobrevivência da política como ação coletiva e promove o conformismo em larga escala, defende o sociólogo polonês Zigmunt Bauman, em um livro desafiador.
O livro “Em busca da política” (Jorge Zahar Editor), do sociólogo polonês Zigmunt Bauman, deveria ser lido por todos aqueles que estão preocupados com os rumos da política no Brasil e no mundo.

Nos últimos anos, diversas pesquisas realizadas em vários cantos do planeta registraram um crescente descrédito da população em relação à política e aos políticos de um modo geral. Prospera uma visão que coloca a classe política e a atividade política em uma esfera de desconfiança e perda de legitimidade.

A tentação de jogar todos os partidos em uma mesma vala comum de oportunistas e aproveitadores representa um perigo para a sobrevivência da própria idéia de democracia. O que explica esse fenômeno que se reproduz em vários países? A política e os políticos estão, de fato, fadados a mergulhar em um poço sem fundo de desconfiança? Essa desconfiança deve-se unicamente ao comportamento dos políticos ou há outros fatores que explicam seu crescimento?

Na introdução de seu livro, Bauman analisa algumas crenças contraditórias que perpassam boa parte da sociedade ocidental hoje. Lembrando que as crenças não precisam ser coerentes para que acreditemos nela, ele destaca duas delas para tentar lançar uma nova luz sobre a perda de legitimidade que atinge crescentemente a ação política.

A primeira consiste em afirmar que a questão da liberdade está resolvida no mundo ocidental e que não há mais necessidade de ir para as ruas protestar e exigir uma liberdade maior do que a experimentamos hoje. A segunda é pensar que, considerando a atual configuração política e econômica do mundo, pouco podemos mudar e, portanto, devemos nos contentar com as coisas mais ou menos do modo que elas estão. “Como cultivar essas duas crenças ao mesmo tempo é um mistério para qualquer pessoa treinada no raciocínio lógico”, assinala Bauman.

Liberdade individual e impotência coletiva
Afinal de contas, acrescenta o sociólogo, “se a liberdade foi conquistada, como explicar que entre os louros da vitória não esteja a capacidade humana de imaginar um mundo melhor e de fazer algo para concretizá-lo?”. “E que liberdade é essa que desestimula a imaginação e tolera a impotência das pessoas livres em questões que dizem respeito a todos?”. O livro de Bauman pretende investigar por que essas duas crenças contraditórias convivem hoje, compondo uma espécie de pensamento hegemônico na sociedade.

A conclusão que vai extrair, no curso desta investigação é que “o aumento da liberdade individual pode coincidir com o aumento da impotência coletiva na medida em que as pontes entre a vida pública e privada são destruídas ou, para começar, nem foram construídas”. Além da ausência ou da destruição dessas pontes, um outro fator contribui, segundo ele, para o desencantamento com a política, a saber, a ausência de tradução entre as esferas pública e privada.

Não é muito difícil detectar esses fenômenos na sociedade brasileira. O sentimento de impotência coletiva, a idéia de que certos problemas não têm solução e que o negócio é cada um cuidar da sua vida, o afastamento entre as esferas pública e privada. O debate sobre a corrupção é emblemático neste sentido e não é nenhum exagero afirmar que o modo como os meios de comunicação abordam o problema tende a reforçar esses sentimentos.

O senso comum olha a atual paisagem política como quem olha para uma floresta onde todas as árvores são iguais. Mais grave ainda: essas árvores teriam um comportamento parasitário, cada uma procurando acumular vantagens individuais sem se preocupar com o bem-estar coletivo da floresta. Obviamente, reconhecer a força dessas percepções no conjunto da sociedade implica admitir a existência de evidências na sua direção.

O fisiologismo político, as práticas do toma-lá-dá-cá, a falta de coerência entre o dizer e o fazer, estão aí a povoar todos os dias os noticiários.

Explosões espetaculares e a impotência dos políticos

Neste cenário, diz ainda Bauman, as angústias coletivas tendem a se manifestar apenas em alguns momentos particulares, sob a forma do que chama de “explosões espetaculares”.

Essas explosões podem se manifestar na forma de festivais de compaixão e caridade, como ocorre frequentemente com grandes campanhas assistencialistas promovidas por grandes meios de comunicação, capazes de mobilizar virtualmente milhões de pessoas. E ocorrem também sob a forma de agressão acumulada contra um inimigo público recém-descoberto.

Essa última forma é particularmente identificável no debate sobre a corrupção. Alguns personagens são identificados como os vilões da pátria, vestidos como grandes ratos (como fez recentemente a revista Veja) e transformados em alvos para uma catarse coletiva. O problema com essas explosões espetaculares adverte o sociólogo, é que “elas perdem força rapidamente; assim que voltamos às questões rotineiras do nosso dia-a-dia, as coisas também retornam inalteradas ao ponto inicial”.

O que fazer, diante disso? Bauman aponta um caminho e um grave problema para percorrê-lo. O caminho: “a chance para mudar isso depende da “ágora” - esse espaço nem privado nem público, porém mais precisamente público e privado ao mesmo tempo”. Um espaço, segundo ele, onde os problemas particulares se encontram não apenas para extrair prazeres narcisistas ou buscar alguma terapia através da exibição pública. O problema: esse tipo de espaço está deixando de existir. Poderosas forças econômicas  “conspiram com a apatia política para recusar alvarás de construção para novos espaços".

Para falar de um dos fenômenos relacionados a esse processo de privatização da “ágora”, Bauman lembra uma afirmação de Cornelius Castoriadis, feita em 1996. Para Castoriadis, o aspecto mais notável da política contemporânea é sua insignificância. “Os políticos”, disse, “são impotentes... Já não têm programa, seu objetivo é manter-se no cargo”.

O elogio do conformismo
Essa opinião encontra eco no cenário político dos últimos anos, onde a esmagadora maioria das mudanças de governo não implica grandes diferenças. O liberalismo, nota Bauman, reduziu-se ao “mero credo de que não há alternativa”, que toda e qualquer alternativa são piores se experimentadas na prática. E a esquerda vem se curvando progressivamente a esse credo. Qual o resultado? O elogio e a promoção do conformismo em larga escala, responde o sociólogo.

A capacidade dos indivíduos de traçar, individual e coletivamente, seus limites foi praticamente perdida, acrescenta. Tudo se passa como se não houvesse lugar para cidadania fora do consumismo e do individualismo, do cada-um-por-si. Bauman é duro neste diagnóstico: “é só nessa forma que os mercados financeiros e mercantis toleram a cidadania. E é essa forma que os governos do dia promovem e cultivam. A única grande narrativa que restou nesse campo é (para citar de novo Castoriadis) a da acumulação de lixo e mais lixo”.

Tudo isso tem um preço, adverte Bauman: “o preço é pago na moeda em que é pago geralmente o preço da má política - o do sofrimento humano”. Esse sofrimento se expressa na forma da incerteza quanto ao futuro, da insegurança crescente e da falta de garantia de direitos.

E o que é mais dramático, acrescenta, é que a natureza desses problemas causa sérios obstáculos a ações coletivas, pois o medo, a insegurança e a incerteza fazem com que as pessoas não se mostrem dispostas a correr os riscos que as ações coletivas implicam. O maior deles, a falta de garantias de que vai dar certo. Assim, gera-se um ciclo vicioso: a insegurança gera mais insegurança e um progressivo encerramento dos indivíduos em torno de si mesmos. As instituições políticas passam a ser vistas como instâncias de pouca ajuda para suas vidas.

A segurança torna-se uma obsessão, alimentando a desconfiança entre as pessoas e a desilusão destas para com as instituições.

A banalidade e a rotina são os melhores amigos do mal. Mais fácil falar do que fazer, tecer diagnósticos do que apresentar soluções, admite Bauman. Mesmo assim, ele aponta um caminho, mais uma vez citando Castoriadis: o problema com a nossa civilização é que ela parou de se questionar.

“Nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar ou deixa que essa arte caia em desuso pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem”, resume. E o caminho para reverter esse quadro, propõe, passa necessariamente pela ação coletiva, pela política com “P” maiúsculo. O ponto central de seu livro é que “a liberdade individual só pode ser produto do trabalho coletivo, só pode ser assegurada e garantida coletivamente”.

Neste momento, estamos caminhando exatamente no sentido contrário, ou seja, no caminho da privatização dos meios de assegurar algo que possamos chamar de liberdade individual. “Se isso é uma terapia para os males atuais, é um tratamento fadado a produzir doenças iatrogênicas dos tipos mais sinistros e atrozes (destacando-se a pobreza em massa, a superfluidade social e o medo ambiente)”.

Estamos caminhando rapidamente nesta direção, com a cumplicidade escandalosa da maioria dos políticos, dos meios de comunicação e de uma boa parcela da intelectualidade. A qualidade constrangedora do debate político atual, a superficialidade, a banalidade, o culto às fofocas e às picuinhas e o sensacionalismo que caracteriza a cobertura midiática deste debate só contribui para acelerar a velocidade dessa disparada ladeira abaixo.

O melhor amigo do mal, lembra Bauman, é justamente a banalidade. E a banalidade tem a rotina, o conformismo e a resignação como aliados estratégicos. A advertência de Bauman pode ser reforçada com uma passagem de outro livro, “O fim da utopia” (Ed. Record), do historiador Russell Jacoby.

Ao analisar o desânimo e a dissimulação intelectual, “que finge que cada passo para trás ou para o lado significa dez passos à frente”, Jacoby lembra uma carta que o poeta inglês Samuel Coleridge escreveu a seu amigo William Wordsworth,em 1799, pedindo que ele escrevesse algo que contestasse o mal-estar e a resignação que se generalizavam na época. O sentido das palavras de Coleridge continua ecoando em nossos ouvidos, de modo provocador: “Gostaria que escrevesse um poema, em versos brancos, dirigidos àqueles que, em consequência do total fracasso da Revolução Francesa, desistiram de toda esperança de aperfeiçoamento da humanidade e estão afundando num egoísmo quase epicurista, disfarçando-o sob as aparências cômodas do apego ao que é nosso e do desprezo ao visionarismo dos filósofos”.

Jornalista

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
CPI do Cachoeira e covardia política


Por 18 votos a 16, o relatório final da CPI do Cachoeira, elaborado pelo deputado Odair Cunha (PT-MG), foi rejeitado nesta terça-feira (18). O documento pedia o indiciamento do mafioso Carlinhos Cachoeira, do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), do ex-sócio da construtora Delta, Fernando Cavendish, entre outros. Os votos do PSDB e de parte do PMDB foram decisivos para o fim melancólico da CPI. No final da sessão, foi aprovado apenas um requerimento que pede ao Ministério Público Federal que continue as investigações.

O resultado desta Comissão Parlamentar de Inquérito, que durou mais de oito meses, evidencia que a correlação de forças ainda é muito desfavorável no Congresso Nacional e que a mídia privada exerce forte influência sobre os deputados e senadores. Na prática, jornalões, revistonas e emissoras de tevê atuaram para sabotar as investigações do CPI, afirmando que ela servia aos interesses do “lulopetismo”. Além disso, o melancólico desfecho confirma os danos causados pela covardia política e pelo pragmatismo exacerbado.

Com a desculpa de que era preciso evitar o confronto, o relator Odair Cunha foi pressionado a retirar do seu relatório o pedido de indiciamento do jornalista Policarpo Jr., editor da revista Veja, e de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Isolado, o deputado mineiro rendeu-se à pressão, alegando que cortava o “secundário” para garantir a aprovação do relatório final. O vexaminoso recuo, porém, não garantiu nem sequer este desfecho “negociado” nos bastidores do cretinismo parlamentar.

Mesmo após todos os conchavos, o PSDB encaminhou contra o relatório para poupar o tucano Marconi Perillo. Já um setor do PMDB votou contra o documento que pedia o indiciamento do ex-dono da Delta para salvar o governador Sérgio Cabral (RJ). Em síntese, o recuo não garantiu a aprovação do relatório final, desmoralizou as forças que se empenharam nas investigações e nem sequer serviu para politizar a sociedade, desmascarando os amigos íntimos da máfia de Carlinhos Cachoeira – que segue em liberdade!



Ver também:

sábado, 29 de setembro de 2012

Pequeno Manual sobre Eleições - Quintus Tullius - Em 64 a.C => Pelo jeito, em 2076 anos pouco mudou no sistema representativo.... Vamos conversar sobre como tentar algo novo?

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Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero 
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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sinal amarelo (Brasil), vermelho (Chile) para DEMOCRACIA REPRESENTATIVA: Abstenção nas eleições municipais do Chile = 70% /// [ Haddad= 39,30% ] [ Serra= 31,43% ] ABSTENÇÕES+BRANCOS+NULOS= 29,27%


Vejam abaixo que o prefeito eleito, da maior cidade da América Latina, obteve aprovação de, apenas,  39,30% do eleitorado !!!

Haddad é eleito prefeito com menos votos do que Kassab obteve em 2008


2 horas atrás ... Brasília – As eleições municipais no Chile, ocorridas ontem (28), indicaram o 
desânimo do eleitorado. Pelos dados oficiais, 70% do total de 13 ...

O voto no Chile é voluntário. Até as eleições municipais de 2008, era obrigatório. 
Na ocasião, houve abstenção de 25% e mais de 500 mil votos foram ...

Com uma grande abstenção, o governo do presidente Sebastián Piñera foi 
derrotado ... em importantes disputas nas eleições municipais de domingo no 
Chile...

1 hora atrás ... Dos 30% que foram às urnas, a maioria escolheu candidatos de esquerda e de centro, derrotando os partidos conservadores.


(Lembremos que o Chile sempre é citado como exemplo econômico e institucional para a América Latina !!!!)


14 jul. 2004 ... Chile: nova plataforma de negócios da América Latina? A exemplo de países como Índia e Irlanda, o Chile aposta alto para atrair ...

ppfuturo.blogspot.com/.../chile-exemplo-para-amrica-latina.html - Em cache
17 nov. 2006 ... Chileexemplo para a América Latina. É notório o desenvolvimento do Chile, um país que só vem obtenho superávit em sua balança ...

3 set. 2008 ... FOLHA - O Chile é tido como um exemplo de educação na América Latina. O modelo com escolas subsidiadas pelo Estado é o responsável ...


28/10/2012 21h02 - Atualizado em 29/10/2012 10h28

Abstenção de 19% no segundo turno é 'preocupante', diz presidente do TSE

No primeiro turno, percentual de eleitores que faltou foi de 16,41%.
Cármen Lúcia também quer sessão extra para julgar recursos mais rápido.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília


A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou na noite deste domingo (28) que o percentual de abstenção em 19% no segundo turno das eleições municipais de 2012 é "preocupante".

No segundo turno da eleições municipal anterior, de 2008, o índice de eleitores que faltaram às urnas foi de 18,09%. No primeiro turno da eleição deste ano o percentual foi de 16,41%. Com 100% das  urnas do país apuradas, o índice de abstenção ficou em 19,11%.
28/10/2012 21h52 - Atualizado em 28/10/2012 22h53

SP tem maior abstenção desde 1992; nº de brancos e nulos cai no 2º turno

Segundo dados do TSE, 19,99% dos eleitores não compareceram às urnas.
Em comparação com 1º turno, percentual de brancos e nulos foi menor.

Rosanne D'Agostino Do G1, em São Paulo

O segundo turno das eleições municipais na cidade de São Paulo teve o maior percentual de abstenção nas urnas desde 1992, quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) começou a fazer o registro.

De acordo com os dados da apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 19,99% dos eleitores da capital paulista – 1,72 milhão de pessoas – não compareceram às urnas neste domingo. No primeiro turno, realizado no dia 7 de outubro, o percentual havia sido de 18,48%.

saiba mais

No pleito deste domingo, o percentual de votos em branco e nulos foi menor em comparação ao primeiro turno, segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os votos brancos, que no primeiro turno chegaram a 5,43%, ou 381.407 de votos, somaram 4,34% do total (299.224 votos) no segundo turno. Os votos nulos passaram de 516.384 (7,35% dos que foram às urnas) no primeiro turno para 500.578 (7,26% do total) neste domingo.

Com 100% das urnas apuradas, de acordo com o TSE, Fernando Haddad (PT) foi eleito prefeito da capital paulista com 3.387.720 votos, o que corresponde a 55,57% dos votos válidos. Derrotado, José Serra (PSDB) obteve 2.708.768 votos (44,43% dos votos válidos).

(Confira a apuração completa do segundo turno em São Paulo)

Comparecimento às urnas no segundo turno das eleições municipais de São Paulo:

2000200420082012
Eleitorado7.134.8217.771.5038.198.2828.619.170
Abstenções1.081.364 (15,16% do eleitorado)1.364.034 (17,55% do eleitorado)1.438.355 (17,54% do eleitorado)1.722.880 (19,99%)
Votos válidos5.551.738
 (91,71% dos que foram às urnas)
6.070.331 (94,7% dos que foram às urnas)6.243.085
(92,35% dos que foram às urnas)
6.096.488 (88,4%)
Votos em branco206.722 (3,41% dos que foram às urnas)95.921 (1,5% dos que foram às urnas)376.880
(2,62% dos que foram às urnas)
299.224 (4,34%)
Votos nulos294.997 (4,87% dos que foram às urnas)241.217 (3,76% dos que foram às urnas)339.962
(5,03% dos que foram às urnas)
500.578 (7,26%)
*Fonte: TSE e TRE-SP

Primeiro turno
No primeiro turno, os votos em branco, nulos e abstenções subiram. Quase 900 mil eleitores votaram em branco ou nulo para prefeito na votação do dia 7 de outubro, além dos 1,5 milhão que deixaram de comparecer às urnas. Os 2,4 milhões que não escolheram candidato na capital paulista representaram 28% do eleitorado.



No primeiro turno da eleição de 2008 na cidade de São Paulo, os votos brancos, nulos e abstenções, somados, representaram 22% do eleitorado.
Dos 8.619.170 eleitores da cidade de São Paulo, 6.128.657 compareceram. Em 2008, São Paulo tinha 8.198.282 eleitores, dos quais 6.369.283 escolheram um candidato no primeiro turno.


Por que a Humanidade não consegue ir além da Democracia Representativa? A CRISE DA REPRESENTAÇÃO (se algum dia houve) se tornou crônica: Não é o VOTO que define atuação do "REPRESENTANTE". É o 'FINANCIADOR DA SUA ELEIÇÃO"....

Há muitas pessoas que diriam que a pessoa média não pode votar diretamente em uma questão, e que precisa ser representada por pessoas melhor qualificadas.

Defendo que a maioria das pessoas  "qualificadas" tendem a ser aquelas que desejam usar uma  posição obtida por eleição para consolidar uma posição de poder para si próprios. Tais pessoas são inerentemente motivadas por razões egoístas, são representantes pobres, especialmente quando a população tem o   meio (a Internet) para estudar os problemas e representar a si mesma em cada questão individual em que se sentir interessada



De: Claudio Estevam Prospero
Enviada em: quinta-feira, 24 de maio de 2012 14:12
Assunto: [SINAPSES] Por que a Humanidade não consegue ir além da Democracia Representativa? A CRISE DA REPRESENTAÇÃO (se algum dia houve) se tornou crônica: Não é o VOTO que define atuação do "REPRESENTANTE". É o 'FINANCIADOR DA SUA ELEIÇÃO"....

Dentre as propostas para aperfeiçoar a Democracia, uma que tenho analisado e convidado a explorarmos, ELIMINA O MECANISMO DA REPRESENTAÇÃO(O OVO DA SERPENTE) DEVOLVENDO O PODER AO POVO:

Proposta de cultivo conceitual de uma outra política (com lógica de crowdsourcing, da política Wiki):

Esta página é um espaço para discussão sobre "Internetocracia" , algo como Democracia intensificada pela WEB...

3 maio 2012 ... A Era que está Nascendo: da Internetocracia (1a. parte).

6 dias atrás ... Um Internetocracia não pode existir em qualquer nação industrializada hoje porque suas constituições não vão apoiá-la. Isso porque a ...


Os argumentos contra a Internetocracia
Há muitas pessoas que diriam que a pessoa média não pode votar diretamente em uma questão, e que precisa ser representada por pessoas melhor qualificadas.

Defendo que a maioria das pessoas  "qualificadas" tendem a ser aquelas que desejam usar uma  posição obtida por eleição para consolidar uma posição de poder para si próprios. Tais pessoas são inerentemente motivadas por razões egoístas, são representantes pobres, especialmente quando a população tem o   meio (a Internet) para estudar os problemas e representar a si mesma em cada questão individual em que se sentir interessada.


Os representantes hoje eleitos, para fazer leis, seriam substituídos por funcionários escolhidos que serviriam como conselheiros para seus eleitores. Eles não iriam decidir o destino de novos projetos de lei. Eles apenas forneceriam conselhos especializados para seus eleitores e permitiriam as massas que decidam por si próprios.

Há também aqueles que argumentam que a tecnologia pode ser manipulada. São, provavelmente, as mesmas vozes que alegaram que o Internet Banking [operações bancárias pela WEB] não seria possível, porque a Internet nunca poderia ser segura o suficiente para manipular riqueza. O que, obviamente, tem se provado ser falso.

A título de comparação, se bilhões de dólares podem ser movimentados, diariamente, na Internet, o meio é seguro o suficiente para facilitar a votação direta sobre a nova legislação a nível das bases.

Uma série de críticas específicas serão analisadas, mais adiante, neste livro.



Trecho acima extraído de:

Terça-feira, 16 de outubro de 2012

A Era que está Nascendo: da Internetocracia (3a. parte) - Os argumentos contra e suas refutações

       http://poltica20-yeswikican.blogspot.com.br/2012/10/os-argumentos-contra-internetocracia-ha.html


The Coming Age of Internetocracy (2nd Edition) -  A Era que está Nascendo da Internetocracia

O texto de 65 páginas pode ser baixado a partir de:

Tradução – Parte 3  (páginas 31 a 54)


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Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero 
http://mitologiasdegaia.blogspot.com/ (Blog: Mitologias de Gaia)
http://criatividadeinovao.blogspot.com/ (Blog: Criatividade e Inovação)
http://redessociaisgovernanaliderana.blogspot.com/ (Blog:Governança e Liderança em Redes Sociais)
http://reflexeseconmicas.blogspot.com/ (Blog: Reflexões Econômicas)
http://poltica20-yeswikican.blogspot.com/ (Blog: Política 2.0 - Yes, WIKI CAN)
http://automacao-inteligencia-organizacional.blogspot.com.br/ (Blog: Automação e Inteligência Organizacional)
http://www.portalsbgc.org.br/sbgc/portal/ (Comunidade Gestão Conhecimento)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A Era que está Nascendo: da Internetocracia (3a. parte) - Os argumentos contra e suas refutações


The Coming Age of Internetocracy (2nd Edition) -  A Era que está Nascendo da Internetocracia

O texto de 65 páginas pode ser baixado a partir de:

Tradução – Parte 3  (páginas 31 a 54)
, 3 de maio de 2012
A Era que está Nascendo: da Internetocracia (1a. parte) 

Os argumentos contra a Internetocracia


Há muitas pessoas que diriam que a pessoa média não pode votar diretamente em uma questão, e que precisa ser representada por pessoas melhor qualificadas.

Defendo que a maioria das pessoas  "qualificadas" tendem a ser aquelas que desejam usar uma  posição obtida por eleição para consolidar uma posição de poder para si próprios. Tais pessoas são inerentemente motivadas por razões egoístas, são representantes pobres, especialmente quando a população tem o   meio (a Internet) para estudar os problemas e representar a si mesma em cada questão individual em que se sentir interessada.















Os representantes hoje eleitos, para fazer leis seriam substituídos por funcionários escolhidos que serviriam como conselheiros para seus eleitores. Eles não iriam decidir o destino de novos projetos de lei. Eles apenas forneceriam conselhos especializados para seus eleitores e permitiriam as massas que decidam por si próprios.

Há também aqueles que argumentam que a tecnologia pode ser manipulada. São, provavelmente, as mesmas vozes que alegaram que o Internet Banking [operações bancárias pela WEB] não seria possível, porque a Internet nunca poderia ser segura o suficiente para manipular riqueza. O que, obviamente, tem se provado ser falso.

A título de comparação, se bilhões de dólares podem ser movimentados, diariamente, na Internet, o meio é seguro o suficiente para facilitar a votação direta sobre a nova legislação a nível das bases.

Uma série de críticas específicas serão analisadas, mais adiante, neste livro.

Cidades fantasmas
Os centros de poder não serão, na verdade, cidades fantasmas, mas os prédios que hospedam as pessoas que representam constituintes serão em grande parte esvaziados  Estas edifício já não são o principal centro de debate. O debate é travado em sites de redes sociais, YouTube, e uma variedade de outros fóruns.

Consequentemente, não haverá necessidade de um congresso, um parlamento, ou um Duma. O processo é "Virtual".

Mas haverá um aspecto do governo que estará isento de mudança significativa: os atuais funcionários públicos que são contratados pelo governo para tratar os assuntos do dia-a-dia do governo.

Um novo nível de funcionário público também será adicionado: aqueles que administrarão o portal de votação, e os que traduzem os resultados da votação em ação. Haverá também funcionários públicos que vão ajudar a escrever as propostas de leis, oficiais, apresentadas para consideração no portal de votação.

Os poderes "Executivos" não serão mais ocupados por representantes eleitos. Estas funções serão realizadas por pessoas contratadas, e demitidas, através da Internetocracia. Posições como o "Chefe Executivo" do governo" (ex.: presidentes, primeiros-ministros, governadores, prefeitos, etc.), Chefe da Educação" e "Chefe da Saúde" (ex.: Ministros, Secretários, etc.) vão estar todos em tal categoria.

Uma empresa de busca de executivos irá procurar por vários candidatos e colocar as sua credenciais e exigências salariais na web, para todos verem. Então, "nós, o povo" vamos contratar um deles, e quando chegar a hora "nós, o povo" vamos demiti-los. O término de seus contratos será tratado de acordo com os termos de seus contratos de emprego. Os contratos podem ser por cinco anos, mas "nós,o povo" poderemos demiti-los a qualquer momento. Após cinco anos o contrato é renegociado e "nós,o povo" decidimos aprovar o novo contrato (ou se um novo candidato deve ser procurado para a vaga). Ótimos "chefes" poderiam ficar no trabalho por muitos, muitos anos. Os medíocres poderiam ser destituídos em menos de um ano. 

E eles vão executar exatamente o que nós, os eleitores (de projetos, não de 'representantes') decidirmos, ou serão demitidos.

Nomeações políticas deixariam de existir. Embaixadores e juízes seriam recrutados por empresas de procura de executivos, e iriam passar por um processo de contratação normal, administrado pelo setor público.

Em tempo de guerra, a defesa do país seria responsabilidade do "Chefe do Executivo", cujo deveres incluiriam o de "comandante e chefe" do país. Ele ou ela se reportaria diretamente ao povo, mas os militares se reportariam diretamente a ele (ou ela). Uma declaração de guerra necessitaria de  uma aprovação por "nós, o povo", no portal de votação. Se as pessoas cooperam, guerras de agressão deixariam de existir. Uma nova constituição, gerada pela multidão (como já foi feito, recentemente, na Islândia) poderia torná-las ilegais.

Concluo esta seção com comentários postados na página do Facebook/Internetocracy por alguns dos seus utilizadores:

"Eu tenho dito isso por um longo tempo. A velha forma representativa de governo está obsoleta e é muito fácil de ser corrompida. Eu não preciso de ninguém para me representar. Eu posso pensar por mim mesmo "-. Kerry McCauley

Uma descrição mais formal

Resumo

Internetocracia é um conceito político baseado na premissa de que os avanços na tecnologia da Internet devem ser utilizados para criar um sistema político mais direto. Este é um conceito de uma forma completamente diferente de governo, em relação a qualquer coisa atualmente em vigor no mundo. É a visão de um novo sistema político, e não um novo partido político, trabalhando dentro de qualquer sistema político atual.

Neste paradigma, não há mais uma dependência de um governo representativo eleito, mas uma dependência de cada constituinte (pessoa do povo) para decidir o destino de qualquer legislação da qual se sintam compelidos a participar do processo de decisão [tramitação].

Representantes são substituídos por assessores especiais, cujo trabalho é usar sua experiência para aconselhar e advogar para seus constituintes, especialmente quando a legislação é complexa.

Questões de fundo (Background) 

O conceito de governo eleito é um paradigma que tem suas raízes em uma época em que comunicação, tecnologia e o nível de educação exigiam tal modelo.

Com o tempo, certas regiões do mundo tornaram-se mais alfabetizadas, a comunicação foi muito melhorada e a tecnologia da Internet tornou-se generalizada e segura. Conseqüentemente, argumenta-se que a população dessas regiões pode e deve exercer uma influência mais direta no processo de construção das leis, através do uso de um sistema seguro, baseado na internet.

"A questão, por excelência, é: a democracia pode sobreviver à internet? Acho que não. Não se continuar a operar em sua forma atual."- Internetocracy: Political Reform by Way of Technology [Internetocracia: Reforma Política por Meio da Tecnologia] - (publicado pela Getontheboat.wordpress.com).

A Visão

A visão da Internetocracia é facilitar a participação direta dos cidadãos, no processo legislativo, através de um sistema político seguro, suportado pela internet, com membros especiais da comunidade aconselhando e orientando pequenos grupos de cidadãos (mas não decidindo a legislação em seu nome), proteção legal para os direitos das minorias, restrições para tornar difícil a  concentração do poder político e uma ênfase em aplicativos de redes sociais para vincular as pessoas. Nós somos os legisladores! Tomamos as decisões!

Internetocracia é um sistema político adaptável a uma república democrática, uma monarquia constitucional, uma confederação, etc.

A unidade fundamental para a aprovação de legislação é a pessoa. A unidade fundamental para eleição de conselheiros é a comunidade. 

A principal diferença entre este sistema e o sistema atual é que um funcionário eleito não pode votar nenhuma legislação. As decisões finais são feitas diretamente pelos cidadãos através de uma conexão segura e criptografada.

Missão

1. Aproveitar o poder da internet como uma ferramenta legislativa segura , particularmente, as plataformas de redes sociais.

2. Criar um sistema político em que o povo pode propor novos projetos de lei e cada pessoa pode votar em qualquer projeto de lei em que têm interesse, segundo a sua consciência (com a assessoria, a sabedoria e o conselho de um consultor que respeite).

3. Reter competências para aconselhar e orientar o eleitorado.

4. Tornar difícil para qualquer indivíduo concentrar poder político. 

5. Proteger as minorias.

Benefícios

A capacidade de cada eleitor participar diretamente no processo de construção de leis empurra o processo para baixo, a seu nível mais baixo, e reduz a dependência de um grupo concentrado de pessoas que podem ser tentadas a usar esse poder para ganho pessoal, ou que podem ser alvos fáceis para as pessoas que desejam comprometer o processo.

Argumenta-se que, em uma Internetocracia, é mais difícil para um pequeno grupo de pessoas, com interesses em oposição à toda a população, influenciar indevidamente o processo, em seu próprio benefício, em detrimento do eleitorado como um todo.

Outro benefício potencial é de que mais pessoas estarão aptas a votar se elas puderem fazer isso a partir do conforto da sua própria casa, em seu próprio computador. Isto é particularmente verdade para as pessoas que podem não ter muita mobilidade devido a doenças ou porque são frágeis.

O diagrama abaixo mostra o estado atual dos sistemas políticos representativos ("o mundo de hoje") em contraste com o mundo de amanhã, da Internetocracia.




Regiões Federais de Votação

Com um sistema onde os representantes não são mais necessários para decidir o destino de projetos de leis, todo o sistema de representação geográfica, a nível federal, torna-se redundante. Não só não é mais necessário um congressista de Rhode Island, a ideia de Rhode Island sendo representada, não é necessariamente obrigatória. Talvez o único vestígio útil deste conceito seja que um consultor especializado poderia ser um residente da área, para facilitar o contato face-a-face com os eleitores que orienta.

Cada cidadão eleitor de Rhode Island teria um voto, e os votos seriam tabulados junto aos votos de toda a nação. Num tal sistema, uma lei não poderia passar sem que o voto popular seja mais do que dois terços do total.

Em um país de uma Comunidade de Nações, como o Canadá  não haveria mais 'cavalgadas', porque não há necessidade de enviar um representante de uma região distante ao centro da tomada de decisões políticas. Através da utilização do nosso portal na internet, estamos todos no centro de tomada de decisões políticas. 

Como o processo é virtual, o assessor especial, no nível federal, poderia passar mais tempo em seu círculo eleitoral fornecendo orientação face-a-face.

Uma palavra sobre a liderança política

Nós não precisamos eleger um novo presidente, ou um novo primeiro-ministro, ou um novo partido político. Nós não precisamos eleger ministros, deputados, senadores ou qualquer outro tipo de cargos que votem em nome de centenas de milhares, ou mesmo, milhões de pessoas. Precisamos jogar fora o sistema representativo inteiro e construir algo novo, que não seja tão facilmente corrompido por uma "classe dominante".

Nós, no entanto, ainda precisamos de líderes, mas eles vão ter um papel diferente e tornarem-se muito mais numerosos, porque eles serão impedidos de representar grupos enormes e, ao contrário, orientarão um grupo local, muito menor, de não mais de 1.000 cidadãos.

De fato, um cidadão pode mais facilmente "eleger" um conselheiro do que no paradigma atual, porque as ramificações não são tão grandes a ponto de justificar um processo de eleição formal, altamente controlado. Para o cidadão "eleger" seu assessor, basta selecionar uma das muitas pessoas que se oferecem para agir nessa qualidade, em seu distrito, com um único clique do mouse. Haverá vários desses líderes / conselheiros, em uma região, que poderiam, concebivelmente, trabalhar juntos e convocar reuniões regulares, no salão da cidade, para discutir assuntos. Além disso, o constituinte pode facilmente mudar para outro conselheiro, a qualquer momento, com um clique do mouse.

Não só os conselheiros / líderes não serão capaz de concentrar poder significativo devido à quantidade limitada de pessoas que aconselham, mas sua remuneração será tal que somente aqueles que estão dentro, ou próximo do limite de base de 1000 pessoa, serão capazes de obter, na função, uma renda grande o suficiente para 'ganhar a vida' (não uma vida exorbitante). Mas eles serão capazes de fazer o trabalho em tempo integral.

Os melhores conselheiros / mentores terão 1.000 pessoas em seu grupo, e também terão uma lista de espera para aqueles que desejam ingressar em sua lista. Nesse meio tempo as pessoas da lista de espera deve usar um conselheiro / mentor diferente.

Apesar de ter selecionado uma determinada pessoa como seu conselheiro / mentor, não há nada que o impeça de ler as recomendações e outras informações fornecidas por qualquer outro conselheiro / mentor, ou por qualquer pessoa, no mundo, para o assunto em pauta.

Se você é um fã de Noam Chomsky, você estará livre para aderir a suas recomendações sobre uma dada legislação pendente. Se você achar que as recomendações do Greenpeace são o caminho a seguir, a escolha será sua. Se o seu pastor batista recomendar votar de uma certa maneira em uma proposta de lei, e você concordar, você pode votar de acordo com essas recomendações. Seu conselheiro / mentor é apenas isso, uma pessoa que você tenha selecionado, entre ofertas de um grupo local, para atuar em tal função. A sua eleição foi realizada com um único clique do mouse e pode ser alterada a qualquer momento.


Eu fecho esta seção com uma citação de Micah Sifry: "Transitar de um mundo de líderes de 'cima para baixo' [top-down], que usam hierarquia, sigilo e composições, para conduzir seus negócios, para um mundo cheio de  líderes, com tecelões de redes auto-inicializadas, que são transparentes e responsáveis por suas ações, vai demandar algum tempo para que nos acostumemos ..... [Ocupar Wall Street] representa o florescimento de algo muito profundo sobre nossa época em rede. É a democracia pessoal em ação, onde todo mundo tem um papel na formação das decisões que afetam nossa vidas ". - Micah Sifry, "Como a tecnologia está reorganizando os movimentos de protesto político", CNN.com 14 de novembro de 2011  

Versões Moderadas e Modificadas

Se aqueles no poder, voluntariamente, cedessem muito de seu poder, seria possível modificar o atual cenário político para permitir a participação direta das massas através da Internet.

Neste paradigma, o funcionário eleito não mais vota em leis. O propósito dele, ou dela, é fazer com que a vontade do constituinte, como refletida, por meio do voto direto em cada proposta de lei, no portal de votação, seja realizada pelo governo. É, como já foi dito antes, também um papel consultivo. Assim, o político eleito seria uma pessoa com credenciais significativas.

O representante seria eleito, mas não para fazer leis. Ele ou ela também poderia ser acusado pelo eleitorado e afastado do cargo se os constituintes sentirem que o desempenho foi insatisfatório.

As descrições anteriores, de como o voto direto, pelas massas, teria lugar no portal de votação ainda se aplicam, assim como os exemplos. Trata-se apenas do papel do político atual que foi alterado.

O ponto-chave é que os funcionários eleitos não seriam mais "legisladores", eles seriam agentes de seus eleitores, habilitados a garantir que a sua vontade, expressa diretamente no portal de votação, seja realizada. E para ajudá-los.

Como o representante não tem a capacidade de decidir o destino de novos projetos de lei, o poder do lobista corporativo se tornaria insignificante: eles já não têm apenas uma pessoa para influenciar, de uma circunscrição. Eles, essencialmente, têm que influenciar cada eleitor. Vai ser muito mais oneroso tentar influenciar milhares, onde antes apenas uma pessoa tinha que ser influenciada.

Outra variante, em Internetocracia, permitiria aos constituintes atribuir todo o seu poder de voto para outra pessoa ou atribuir o seu voto em projetos de lei específicos, para indivíduos diferentes. Eles poderiam atribuir todo o seu poder de voto, ou apenas parte dele, projeto por projeto.

Esta não é uma variação que eu, pessoalmente, toleraria. A capacidade de coagir os indivíduos a atribuir o seu voto é uma grande ameaça. Ao manter o poder de voto fragmentado há pouco risco de coerção, pois cada pessoa exerce pouco poder. O poder reside no conjunto do eleitorado.

Críticas e refutações

Como qualquer novo sistema há muitos detratores com críticas que são, algumas vezes, válidas. Aqui estão algumas dessas críticas com suas refutações.

Crítica: A internet não é segura o suficiente para permitir a Internetocracia.

Refutação: A segurança embutida em certos aspectos de tráfego de internet é criptografada e agora considerada muito segura. Como primeiro exemplo cito o setor bancário. Bilhões de dólares são transacionados, de forma segura, através da internet, todos os dias. A maioria dos leitores esta muito familiarizada com isso.

Crítica: A tecnologia é muito vulnerável a desastres naturais, falhas de energia, vírus de computador e hackers '.

Refutação: Falta de energia e desastres naturais são uma ameaça para qualquer sistema político. Além disso, quando esses eventos ocorrem, é o funcionamento do dia-a-dia do governo que é mais afetado. A legislação é um processo longo e, mesmo sendo improvável, uma queda longa não teria qualquer efeito significativo.

'Vírus de computador 'e pirataria são também uma ameaça, mas não mais do que são para serviços on-line dos quais você depende, tais como os processos financeiros.

Crítica: Internetocracia pode ser 'sequestrada' por pessoas que são especialistas no código utilizado.

Refutação: Mais uma vez eu aponto para o sistema bancário, onde trilhões de dólares estariam em risco se os controles internos e externos fossem mais permissivos do que são. No entanto, os serviços financeiros online são muito seguros, devido a esses controles e já vem sendo utilizados por vários anos. Os programas de internet que suportariam o processo político seriam, pelo menos, tão seguros quanto os do setor bancário.

A tecnologia para votar online também é um paradigma com o qual as pessoas têm que se acostumar, assim como as compras online. Pense no medo inicial, que as pessoas tinham quando o conceito de comprar coisas online surgiu pela primeira vez. Dez anos depois, a segurança de comércio online tornou-se quase um dado assumido pelo consumidor.




Nas palavras de Jt Chiaruttini, um usuário da página Internetocracy, do Facebook: "tão longe quanto as questões de segurança irão ..... será um grande jogo político  e o "establishment" irá, certamente, usá-lo para desencorajar a ideia  mas realmente não seria um motivo tão grande de preocupação, quanto se poderia pensar. Se você já leu o livro "Freakonomics", ou viu o filme, quando se trabalha com números grandes, como a população dos EUA, a capacidade de manipular seria severamente limitada pelas pesquisas e amostras de verificação. Eu acho que você seria capaz de determinar, com um alto grau de certeza se a votação foi legítima. "

Crítica: A Internetocracia não vai apoiar a minha visão do mundo. Por exemplo, ela não pode resultar na legalização da maconha, ou não pode abolir a pena de morte.

Refutação: O processo político não deve agradar a um grupo de interesses minoritários, desde que os direitos humanos não sejam violados. A regra da maioria dos que escolheram participar é um princípio básico da Internetocracia.

Crítica: A tirania da maioria sobre a minoria, se estabeleceria se a Internetocracia estivesse em uso.

Refutação: A noção não comprovada de que um sistema político enraizado na democracia direta se tornará uma tirania sobre a minoria tem sido contestada nos últimos anos. No livro A Lógica da Ação Coletiva: Bens Públicos e a Teoria de Grupos por Mancur Olson, Jr. (publicado pela primeira vez em 1965 pela Harvard University Press) o Sr. Olson afirma que grandes grupos enfrentarão custos relativamente altos ao tentar se organizar para ação coletiva, enquanto pequenos grupos enfrentarão custos relativamente baixos.

Além disso, os indivíduos em grandes grupos vão ganhar menos, per capita, de ação coletiva bem sucedida, já que os indivíduos em pequenos grupos vão ganhar mais, per capita, através de ação coletiva bem sucedida. Assim, na ausência de incentivos seletivos, o incentivo para a ação do grupo diminui à medida que aumenta o tamanho do grupo, de forma que grandes grupos são menos capazes de agir, em seu interesse comum, do que os pequenos.

O livro conclui que, não só a ação coletiva por grandes grupos é difícil de conseguir, mesmo quando eles têm interesses em comum, mas também podem ocorrer situações onde a minoria (unidos por incentivos seletivos concentrados) pode dominar a maioria.

Dito isto, é imperativo que algum tipo de projeto de lei de direitos e liberdades [civis] deva permanecer e toda a legislação deve conformar-se a ele, em um mundo de Internetocracia, para garantir que a maioria não infrinja os direitos e as liberdades [civis] da minoria, através da legislação. Um exemplo disso seria proteger os direitos das comunidades gay e lésbica de coexistir pacificamente e livre de discriminação.

Não diminuindo os argumentos acima, de que a Internetocracia não irá resultar em uma tirania sobre a minoria, eu ainda digo que  há claras  evidências de que temos, agora, uma situação em que uma pequena  "classe dominante" claramente controla o cenário político e econômico, o que é uma forma da tirania da minoria sobre uma maioria. Esta forma de tirania é galopante em qualquer país cuja estrutura política tem natureza representativa.

Crítica: As massas não são educadas e inteligentes o suficiente para decidir sobre a legislação.

Refutação: Enquanto o eleitorado pode não ser tão educado e inteligente como um todo, comparado àqueles que estão no poder hoje, eles são muito mais educados do que as massas da maioria das nações do primeiro mundo eram, quando a maioria dos sistemas políticos representativos foram configurados.

Haveria também homens e mulheres muito capazes e sábios contratados para aconselhar os seus constituintes e fazer recomendações. A "brain trust" continuará a exercer influência, mas eles serão muito menos abertos a influências corruptoras e serão forçado a ficar intimamente em contato com os seus eleitores. Em questões complexas eles serão aqueles de quem o eleitorado dependerá, em orientação e sabedoria, durante o processo de tomada da decisão final.

Nas palavras de um dos fãs da Internetocracia "para ajudar a educar os eleitores individuais que não forem experientes com computadores poderia haver canais de televisão, um para cada questão, mostrando mini seminários sobre essa questão. Estes podem ser feitos pelos conselheiros em um formato como o de qualquer apresentação de negócios, incluindo figuras e / ou gráficos. Em vez de colocar computadores em todas as casas que tal o uso de bibliotecas? Elas já têm computadores com internet, apenas têm que ser ampliadas e, possivelmente, apoiados por indivíduos que trabalhem para o escritório de assessor especial, como seus representantes treinados e plenamente informados. "

Surge, ainda, uma outra sugestão de um fã de Internetocracia: poderia haver "aulas gratuitas para ensinar as pessoas como usar a internet. Há bibliotecas que têm computadores disponíveis e poderia haver mais sites disponibilizados gratuitamente. Starbucks tem acesso à internet, talvez eles pudessem configurar algumas máquinas para aqueles que vêm sem a sua próprio. Lembre-se sempre, a nossa privacidade foi tirada de nós, o nosso governo pode ouvir em nossas linhas telefônicas, usar o que nós pensamos como informação privada, eles estão em nossas vidas em TUDO. Precisamos de um governo, mas precisamos de um governo que realmente funcione para o povo."

Ainda de outro seguidor "Educar os escolares sobre os seus direitos e responsabilidades, como cidadãos, e ensinar-lhes como esse sistema funciona. Em um par de gerações haverá a transição para algo não atormentado pelos cidadãos que são politicamente ignorantes e dorminhocos ao volante."

Ryan Sonak prevê um "enorme surto" de vídeos de cidadãos, no YouTube, tentando influenciar a opinião pública. Você não precisa de muito dinheiro para levar as pessoas a ouvir suas idéias, como os políticos fazem agora. Certas pessoas vão ganhar respeito e popularidade, ao criar tendências em tópicos e o público, muito provavelmente  embarcará no movimento com pessoas que eles vejam propondo bons pontos / propostas. Eu acho que essa é uma ótima ideia  todos podem estar envolvidos, e poderiam, eventualmente, educar-nos tanto que todos nós teremos uma nova compreensão sobre como o mundo funciona e deve ser operado. Haverá alguns problemas, é claro, mas eu acredito que a maioria das pessoas irão tomar as decisões corretas. A raiva será, provavelmente, desaprovada pela maioria e a educação controlará o resultado de todo voto."

Crítica: A tomada de decisão política, através de representantes, equivale a uma delegação da construção de leis que libera as massas para realizar o seu dia-a-dia. Em outras palavras, o processo legislativo toma muito tempo.

Refutação: Esta também é uma preocupação válida. O processo terá de ser facilitado, dando ao eleitorado uma visão geral de toda a legislação pendente e que lhes permita escolher quais as propostas de que desejam participar. Como mostrado anteriormente neste livro, a maioria das pessoas só vai querer participar da decisão em projetos de lei que têm uma influência direta sobre a sua vida ou sobre os quais eles tenham opiniões fortes. Poucas pessoas vão votar em tudo.

Além disso, as propostas de lei terão de ser apresentadas com resumos da legislação de fácil compreensão, junto com a recomendação do assessor especial. Tal informação seria provavelmente obrigatória antes que alguém possa votar. A partir deste ponto, o eleitor poderia estudar mais materiais, ver mais vídeos do YouTube, e discutir com outros eleitores antes de finalmente decidir a questão. O eleitor estaria livre para escolher ignorar a recomendação do assessor especial e votar com a sua consciência.

Crítica: Nem todo mundo tem um computador ou  internet.

Refutação: o uso de computadores pessoais, telefones inteligentes, e a internet são amplamente disseminados através do primeiro mundo. Ainda há aqueles que não têm acesso a esses recursos. O governo teria que criar um sistema de bolsas para garantir que mesmo os mais pobres tenham acesso a pelo menos um computador em casa, com ligação à Internet. Isto deve ser tão básico quanto o direito a uma educação primária.

Nos casos em que as pessoas não se sintam confortáveis com o uso de um computador, deve haver centros onde possam encontrar um computador e alguém para ajudá-las, para que possam participar do processo político.

Nas palavras de um fã de Internetocracia: "Você poderia definir locais onde as pessoas que não têm a internet poderiam ir para aprender a usar o sistema. [Talvez eles] tenham que passar por um teste negociado, a fim de serem eleitores .... (para todos e não apenas essas pessoas), registrar e votar ... como um edifício público da cidade criado com um monte de computadores. A ideia geral seria fazer isso onde você tenha que ser educado para votar. E eu gosto da ideia de 66%. 

"No entanto, outro fã prevê "cafés de voto" nas cidades ". Projetos atuais de construção residencial / comercial geralmente incluem acesso básico à linha elétrica e telefônica . Talvez, no futuro, a instalação de algum tipo de dispositivo de computador que permita os serviços para a votação, a obtenção de ajuda de emergência, etc pode ser uma característica comum no design de construções. "

Crítica: Os conselheiros ainda poderiam ser indevidamente influenciados por lobistas e depois apresentar uma versão para os fatos de uma questão que não sejam do interesse do bem comum.

Refutação: Mais uma vez, esta é uma preocupação válida. A necessidade de ter homens e mulheres de sabedoria guiando o resto do eleitorado, infelizmente, os coloca em uma posição de poder e influência. O fato de que eles não votam em nome de seus constituintes diminui o risco de que eles tenham sido indevidamente influenciado para o que proponho ser um nível aceitável.

Além disso, mantendo-se a sua clientela o menor possível tornará este risco insignificante. Um assessor especial, por 1000 pessoas, permitiria que o assessor conhecesse pessoalmente grande parte do eleitorado, mas ainda não teria uma concentração de poder que promova qualquer interesse especial na sua capacidade de influenciar.

A "tempestade perfeita"

Atualmente temos dois desenvolvimentos que estão prestes a se unir: a Internet tem evoluído para permitir a votação direta em projetos de lei, e há intensa insatisfação com o sistema político existente.

A intensa  insatisfação decorre da percepção das populações de que os políticos profissionais estão, de fato, trabalhando para os indivíduos mais ricos ou para as corporações. Em outras palavras, os políticos são vistos como utilizando suas posições de poder para benefício próprio e não para o bem do povo. Esta é uma generalização, é claro, mas esta é a maneira como atualmente as massas percebem os políticos.

O Movimento "Occupy" 

A primeira versão deste documento foi publicado pouco antes de um fenômeno mundial eclodir .... os chamados movimentos "Occupy". Tudo começou com "Occupy Wall Street" e desde então se espalhou para várias cidades ao redor do mundo.

De acordo com o Autor da CNN, Alan Silverleib, em um artigo publicado naquele site (18 de outubro de 2011) chamado Occupy Wall Street: Quanto tempo pode durar?: "Enquanto os manifestantes destacam uma série de causas, o tema principal continua o mesmo: a raiva da população contra uma elite empresarial, financeira e política, 'fora-de-alcance'."

"Eu proponho que este é o início de um movimento que acabará por levar a uma revisão do sistema  político, que será direto, como sua característica definidora, com a completa ausência de legisladores representativos .... um movimento doravante denominado "Internetocracia".

Em um artigo escrito pelo professor de comunicações da Universidade Fordham Paul Levinson no Christian Science Monitor (25 de outubro de 2011) chamado "O 'Occupy Wall Street tem líderes? Será que ela precisa de algum?", O Occupy Wall Street [o movimento] e movimentos similares , simbolizam outro aumento de democracia direta, onde as pessoas tomam decisões coletivamente, por si, sem ter líderes eleitos, o que não tem sido visto desde tempos antigos.

A ligação entre Internetocracia e o Movimento Occupy, está bem representada pelas palavras de Diana Strait: "Então eu não sou a única com esta ideia "radical"?" [Internetocracia]. Isso me faz sentir um pouco menos radical. Mas ainda assim, como vamos conseguir que esta mudança seja realizada? Estou na 4a. semana, agora, marchando pelas ruas, segurando um cartaz e recebendo comentários negativos e positivos, mas, ainda, nenhuma mudança está à vista. " 



Ver também:

Sabedoria das Multidões
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Sabedoria das Multidões (The Wisdom of Crowds), primeiramente publicado em 2004, é um livro escrito porJames Surowiecki sobre a agregação de informação em grupos, resultando em decisões que, como ele argumenta, são quase sempre melhores do que as que poderiam ser feitas por qualquer membro do grupo. O livro apresenta numerosos casos e anedotas para ilustrar seus argumentos, recorrendo à diversas áreas do conhecimento, principalmente economia e psicologia.

A primeira história do livro relata a surpresa de Francis Galton ao perceber que a multidão em uma feira do condado, supôs exatamente o peso de um boi quando a média de suas suposições foi calculada. A média estava mais perto dopeso verdadeiro do boi do que as estimativas da maioria de membros da multidão, e também mais perto do que algumas das estimativas separadas feitas por peritos em gado. (Nota: apesar da descrição de Surowiecki sugerir que Gallon utilizou a média, uma leitura no trabalho original de Gallon indica que a mediana foi usada [1])

O título do livro é uma alusão ao trabalho de Charles Mackay "Extraordinary Popular Delusions and the Madness of Crowds", publicação em inglês em 1843.

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